Segundo o CSC, esta é uma medida para garantir a proteção dos menores e assegurar que os canais de televisão destinados a crianças e adolescentes "estejam isentos de qualquer conteúdo ou cena homossexual", informou a Agência de Informação (AIB) do país.
O órgão regulador declarou que estes conteúdos são "inapropriados para aquela idade", bem como para "os valores e a moral" do país.
O CSC argumentou que a decisão foi tomada antes "do ressurgimento de programas audiovisuais acessíveis a menores que mostram ou promovem a homossexualidade".
A homossexualidade não é criminalizada no Burkina Faso e o país também não possui leis que concedam direitos específicos aos homossexuais.
O movimento da junta militar do Burkina Faso, que sofreu dois golpes de Estado em 2021 e 2022, faz parte de uma recente escalada do discurso contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais (LGBTI) em África, onde se encontram mais de 30 dos pelo menos 67 países que, de acordo com a organização internacional Human Right Watch (HRW), criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo.
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