Austrália podia investigar caso Rubiales se Hermoso testemunhasse
Jogadora necessitaria de apresentar queixa às autoridades australianas ou testemunhar.
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Mundo Polémica
A polícia australiana esclareceu, esta terça-feira, que poderia investigar o beijo não consentido de Luis Rubiales a Jenni Hermoso durante os festejos da conquista de Espanha do Campeonato do Mundo feminino, desde que a jogadora denunciasse ou testemunhasse no país, onde decorreu a final da competição.
"Geralmente, qualquer pessoa pode registar uma queixa. No entanto, para que o incidente fosse investigado, a vítima teria que apresentar um depoimento formal", informou a Polícia de Nova Gales do Sul à EFE.
A mesma fonte precisou ainda que "nenhuma denúncia foi apresentada" sobre o sucedido e que a mesma pode ser feita pessoalmente ou de forma virtual.
Este esclarecimento surge depois de, nos últimos dias, vários australianos questionarem os motivos pelos quais as autoridades não iniciaram uma investigação ao caso.
O presidente da federação espanhola de futebol, Luis Rubiales, foi suspenso pela FIFA por 90 dias por causa de um beijo na boca a uma jogadora da seleção espanhola após a vitória de Espanha no mundial de futebol feminino em Sydney.
A comissão de presidentes das federações de futebol das comunidades autónomas de Espanha exigiu, na segunda-feira, que Luis Rubiales se demita da presidência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) de "forma imediata", condenando os "inaceitáveis comportamentos que prejudicaram gravemente a imagem do futebol espanhol".
Os presidentes das federações regionais exigiram ainda "uma profunda restruturação orgânica nos cargos estratégicos da RFEF" e comprometeram-se com "as políticas de igualdade para o desenvolvimento do futebol feminino".
Após os acontecimentos em Sydney, seguiram-se inúmeras críticas a Rubiales, tendo a jogadora Jenni Hermoso afirmado que não tinha consentido o beijo, ao contrário daquilo que garante o presidente da federação.
Rubiales disse na sexta-feira que não iria abandonar o cargo, o que provocou um novo pico de contestação e extremar das posições, com as jogadoras da seleção a anunciarem não estarem disponíveis para voltar a representar Espanha, enquanto os atuais dirigentes da RFEF se mantiverem nos cargos.
No sábado, a FIFA anunciou a suspensão de Rubiales do cargo, por 90 dias, e 11 membros da equipa técnica do selecionador, Jorge Vila, apresentaram a demissão. Por seu lado, o técnico condenou o "comportamento impróprio" do presidente da RFEF.
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