A Coreia do Norte disparou, esta quarta-feira, um míssil balístico em direção ao Mar do Leste - também conhecido por Mar do Japão -, de acordo com o que fonte militar da Coreia do Sul disse à agência de notícias Yonhap.
Segundo que adianta a agência France-Presse (AFP), este lançamento coincide com a realização de exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos (EUA).
De acordo com o que a mesma fonte disse à agência de notícias Yonhap, ainda estão a tentar perceber qual o tipo de míssil que foi lançado por Pyongyang.
Os exercícios em questão entre Washington e Seul costumam "enfurecer" Pyongyang, segundo o que aponta a AFP. São um momento de reforço entre esta aliança, por forma a alinhar a segurança e estabilidade na península coreana.
A Yonhap dá ainda conta de que, no que diz respeito aos exercícios aéreos, há um envolvimento de um bombardeiro estratégico B-1B dos EUA a sobrevoar a península ao início do dia.
A Coreia do Norte tinha dito que os exercícios militares dos Estados Unidos da América (EUA) e da Coreia do Sul eram um ensaio de invasão e criticou a decisão norte-americana de enviar o sofisticado aparelho aéreo para a região.
Este destacamento do B-1B é o décimo sobrevoo de bombardeiros norte-americanos na península coreana no ano em curso.
A situação não foi comentada ainda por Washington, nomeadamente, pelo porta-voz do Conselho Nacional da Casa Branca, John Kirby, que se encontrava a dar uma conferência de imprensa quando a situação foi conhecida. Kirby recusou comentar.
Na terça-feira, os 'media' estatais da Coreia do Norte informaram que o Presidente norte-coreano, Kim Jong-un, tinha pedido às Forças Armadas para estarem em estado de prontidão para combate, para a eventualidade de terem de contrariar eventuais planos de invasão.
Nesse dia, Seul, Washington e Tóquio mobilizaram navios militares para um exercício trilateral de defesa antimísseis ao largo da ilha de Jeju, perto da Coreia do Sul.
Num discurso para assinalar o Dia da Marinha da Coreia do Norte, Kim Jong-un disse que as águas da península coreana encontravam-se numa fase de instabilidade, alertando para o "risco de uma guerra nuclear", por causa da ação dos EUA.
Desde o início de 2022, a Coreia do Norte realizou mais de 100 testes de armas, muitos deles envolvendo mísseis com capacidade nuclear, concebidos para atacar os EUA, a Coreia do Sul e o Japão.
A vaga de testes do regime de Pyongyang fez com que os EUA e a Coreia do Sul expandissem os seus exercícios militares na região, retomando o treino trilateral, envolvendo igualmente o Japão, e aumentando a "visibilidade regular" dos ativos estratégicos norte-americanos na península coreana.
Em julho, os EUA enviaram um submarino com armas nucleares para a Coreia do Sul pela primeira vez em quatro décadas.
No início de agosto, o Presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu os líderes do Japão e da Coreia do Sul para uma cimeira trilateral inédita no retiro presidencial em Camp David, nos arredores de Washington, para consolidar um novo acordo económico e de segurança.
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