Zelensky antecipa "inverno difícil" em encontro com Blinken
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que espera um "inverno difícil" no seu país, durante uma reunião em Kiev com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
© Andrew Kravchenko/Bloomberg via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"Espera-nos um inverno difícil (...) Talvez tenhamos uma nova experiência. Mas estamos felizes por não o enfrentarmos sozinhos. Faremos isso com os nossos parceiros", disse Zelensky a Blinken, agradecendo aos Estados Unidos pela sua assistência à Ucrânia, mencionando em particular o setor de energia, que foi alvo de ataques sistemáticos da Rússia durante a estação fria no ano passado.
O Presidente ucraniano afirmou que cada visita a Kiev de um líder dos Estados Unidos "é uma grande mensagem de apoio" e pediu a Blinken para transmitir esta mensagem ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, expressando gratidão à Casa Branca e ao Congresso pelo apoio bipartidário e "grande unidade" em torno da Ucrânia.
"Isso realmente ajuda-nos. Em primeiro lugar, ajuda-nos no campo de batalha, porque os Estados Unidos são realmente os líderes do apoio no campo de batalha. O meu apreço. E estamos felizes por poder contar convosco, e vocês sabem que toda a sociedade da Ucrânia compreende e aprecia isso totalmente", declarou Zelensky, destacando ainda que o apoio de Washington ao orçamento ucraniano "é crucial".
O chefe da diplomacia de Washington chegou hoje a Kiev para uma visita surpresa e já manteve vários encontros, incluindo com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, e com o primeiro-ministro Denys Shmyhal.
O objetivo, afirmou, é "demonstrar o apoio à Ucrânia enquanto faz frente à agressão" russa, numa fase em que as forças ucranianas mantêm há três meses uma contraofensiva para recuperar território ocupado, marcada por avanços lentos, apesar do apoio militar dos aliados ocidentais, face às fortes linhas defensivas das tropas de Moscovo, sobretudo na frente sul.
"Vemos muito claramente o progresso significativo que está a ser feito atualmente na contraofensiva e isso é muito, muito encorajador", disse Blinken durante a reunião com Volodymyr Zelensky, insistindo numa mensagem que já tinha deixado no encontro com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba.
Antes do início da visita de Blinken a Kiev, um alto funcionário do Departamento de Estado disse aos jornalistas que, no decurso da deslocação, os Estados Unidos deverão anunciar mais de mil milhões de dólares (931 milhões de euros, ao câmbio atual) em novos fundos de apoio à Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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