O boletim mais recente deste departamento, citado pela agência Efe, refere que aquele fenómeno meteorológico afetou mais de 88 cidades.
O estado de Rio Grande do Sul faz fronteira com a Argentina e o Uruguai e foi o mais afetado pelas inundações, que registou 43 mortes. A 44.ª vítima registou-se no estado vizinho de Santa Catarina.
"Isto chama a nossa atenção porque fenómenos como este têm ocorrido em muitos lugares diferentes do nosso planeta", comentou o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sobre a tragédia, durante o seu discurso na cimeira do G20 na Índia, no domingo, cita a Efe.
A situação mais delicada continua a ser em Muçum, onde se registaram 15 mortes e onde os bombeiros ainda procuram 30 das 46 pessoas desaparecidas.
O último balanço indica que o ciclone afetou 150.341 pessoas, das quais 15.440 tiveram de abandonar temporária ou definitivamente as suas casas devido às inundações.
O ciclone deixou algumas cidades submersas, causou inundações que levaram a deslizamentos de terra e destruíram pontes, estradas e outras infraestruturas, assim como extensas plantações.
O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, que está no cargo de presidente interino devido à viagem de Lula à Índia, visitou no sábado as regiões afetadas e anunciou um fundo de 56 milhões de reais (cerca de 10,8 milhões de euros) para ajudar as vítimas do ciclo.
Daquele valor, 800 reais (perto de 150 euros) serão destinados a cada pessoa afetada e 4.600 reais (cerca de 859 euros) às famílias dos agricultores afetados.
O governo brasileiro enviou um contingente de 900 pessoas para as áreas afetadas, composto por trabalhadores humanitários, profissionais de saúde e assistentes sociais.
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