"Estou muito satisfeito por anunciar a elevação das relações entre a China e a Venezuela para o nível de parceria estratégica nos 'momentos bons e maus'", disse Xi Jinping, citado pela televisão estatal CCTV.
Este é o mais alto nível das relações com a diplomacia chinesa. Apenas alguns países, incluindo Paquistão, Rússia ou Bielorrússia, têm direito a este tratamento.
Xi recebeu Maduro com guarda de honra, salvas de canhão e o hino dos dois países tocado por uma banda militar, no Grande Palácio do Povo, o edifício monumental contíguo à Praça Tiananmen.
Pequim é a quarta paragem de Maduro, na deslocação de sete dias à China, após visitar as cidades Shenzhen e Xangai e a província de Shandong, de onde partiu num comboio de alta velocidade para a capital chinesa.
O governante, que já visitou a China cinco vezes desde que ascendeu ao poder - a última em 2018 -, vai permanecer no país asiático até quinta-feira.
A China tem sido um parceiro estratégico da Venezuela e esta visita visa reforçar ainda mais a cooperação em vários domínios, nomeadamente económico, tecnológico e diplomático, segundo uma porta-voz do Governo chinês.
Pequim mantém relações próximas com o Presidente venezuelano, que se encontra isolado na cena internacional. A China é um dos principais credores da Venezuela, cujo PIB (produto interno bruto) afundou 80%, nos últimos dez anos, devido a uma grave crise económica.
A Venezuela procura o apoio da China para reanimar a sua economia, que foi atingida por uma das mais altas taxas de inflação do mundo (436% em maio).
Crítico feroz dos Estados Unidos, Nicolás Maduro elogiou a China como um país "sem um império hegemónico que chantageia, domina e ataca os povos do mundo".
Xi Jinping visitou a Venezuela em 2014.
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