Marrocos alerta para ciberataques facilitados pela crise humanitária

A Direção Geral de Segurança dos Sistemas de Informação (DGSSI) de Marrocos alertou hoje que cibercriminosos estão a tentar tirar partido da crise humanitária causada pelo terramoto da passada sexta-feira para distribuir 'malware'.

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Lusa
13/09/2023 19:06 ‧ 13/09/2023 por Lusa

Mundo

DGSSI

Num comunicado, a DGSSI refere que os burlões podem utilizar o tema do "terramoto" para induzir as vítimas a descarregar ficheiros maliciosos ou a visitar ligações fraudulentas nas redes sociais, a fim de infetar os respetivos dispositivos.

A entidade marroquina advertiu que as pessoas que procuram aplicações de rastreio de terramotos com visualizações de mapas em linha podem descarregar e executar uma aplicação maliciosa que afirma fornecer informações sobre terramotos.

Na realidade, esta aplicação instala 'software' em segundo plano com o objetivo de comprometer os dispositivos das vítimas e roubar dados sensíveis.

Para evitar cair nestas armadilhas, a DGSSI recomenda aos utilizadores que sejam mais cautelosos com os anexos e que só os abram se forem provenientes de fontes legítimas e aconselha-os também a verificar o endereço do remetente e as ligações Web contidas no corpo da mensagem e a bloquear as mensagens que não cumpram as normas de segurança ou que contenham ficheiros executáveis.

Além disso, instou os utilizadores a assegurarem-se de que apenas descarregam aplicações de fontes fiáveis.

O sismo que atingiu Marrocos a 08 de setembro causou mais de 2.900 mortos e mais de 5.500 feridos e provocou danos generalizados na região de Marraquexe.

O tremor de terra, cujo epicentro se registou na localidade de Ighil, 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha, tendo atingido uma magnitude de 7,0 na escala de Richter, segundo o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos - o Serviço Geológico dos Estados Unidos registou uma magnitude de 6,8.

Este sismo é o mais mortífero em Marrocos desde aquele que destruiu Agadir, na costa oeste do país, em 29 de fevereiro de 1960, causando entre 12.000 e 15.000 mortos, um terço da população da cidade.

Leia Também: Ciberataques aumentam a nível global, mas estabilizam em Portugal

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