Al-Qaeda ameaça França e Suécia por atitudes que considera islamofóbicas

Na base das ameaças está a proibição de vestuário associado a raparigas muçulmanas em escolas francesas e a queima de cópias do Corão na Suécia.

Notícia

© Reuters

Notícias ao Minuto
19/09/2023 12:00 ‧ 19/09/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Terrorismo

Depois de mais uma ronda de medidas legislativas consideradas islamofóbicas em França e de mais queimas de cópias do Corão na Suécia, a organização terrorista al-Qaeda ameaçou na semana passada os dois países, prometendo retaliação contra as atitudes que considera desrespeitosas.

Segundo o jornal francês Le Fígaro, a organização deixou a ameaça numa revista de propaganda, divulgada na quinta-feira, sendo que o documento encontra-se sob análise pelas autoridades de segurança francesas.

"Eles só vão perceber quando um ministério for atacado em Paris... Acham que as mãos dos combatentes não os alcançarão em casa?", questionou a al-Qaeda, prometendo ataques a "um ministério" francês ou a "uma embaixada sueca.

O Le Fígaro acrescentou que as palavras vieram acompanhadas de imagens de um homem encapuzado, com uma arma, à frente de polícias franceses que estarão a chorar atrás de si.

A França tem sido um dos países europeus que mais restringe práticas religiosas muçulmanas, impedindo vários objetos de vestuário (especialmente usados por mulheres), por considerar que colocam em risco a cultura do país e as normas de segurança. Depois de proibir em 2016 o 'burkini' (uma peça que permitia que as mulheres muçulmanas fosse à praia) e de proibir a burqa e niqab a menores de 18 anos, o governo francês aprovou agora uma medida que proíbe a abaya, uma espécie de vestido de corpo inteiro, em escolas.

Sobre a Suécia, a al-Qaeda considerou que é "claramente evidente" que o país "escolheu assumir a liderança na guerra contra o Islão e os muçulmanos entre os países da União europeia, competindo com França, Dinamarca e outros pelo primeiro lugar na corrida à oposição a Deus e ao seu mensageiro".

A ameaça a Estocolmo deve-se a recentes episódios de queimas de cópias do Corão, o livro sagrado do Islão, sendo que os atos foram também questionados pela Turquia. O governo de Erdogan criticou a Suécia, afirmando que o país (que depende da extrema-direita para governar) não está a fazer o suficiente para combater práticas islamofóbicas, e ameaçando não aprovar a entrada dos nórdicos na NATO.

Leia Também: Justiça francesa mantém proibição de 'abayas' nas escolas

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas