"Há (...) um risco para a reputação da China", afirmou o comissário, a estudantes da Universidade de Tsinghua, em Pequim, referindo que essa posição "prejudica a imagem do país, não só perante os consumidores europeus, mas também perante as empresas".
"A integridade territorial sempre foi um princípio fundamental para a China na diplomacia internacional", mas "a guerra que a Rússia está a levar a cabo é uma violação flagrante deste princípio", sublinhou o responsável, que está de visita à capital chinesa para o Diálogo Económico e Comercial China-UE.
Além disso, notou o responsável, a "China sempre defendeu que cada país deve ser livre de escolher o seu próprio caminho de desenvolvimento".
"É, por isso, muito difícil para nós compreender a posição da China relativamente à guerra da Rússia contra a Ucrânia, porque esta viola os princípios fundamentais da China", acrescentou Dombrovskis.
A China e a Rússia consideram-se aliados estratégicos e os dois países elogiam com frequência a parceria "sem limites" e a cooperação económica e militar.
A aproximação entre os dois países foi reforçada desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, que a China se recusou a condenar.
O Kremlin tem procurado estreitar os laços com Pequim desde o início da guerra, que isolou Moscovo na cena internacional. A China, por seu lado, tem procurado posicionar-se como parte neutra no conflito, ao mesmo tempo que oferece a Moscovo assistência diplomática e financeira vital.
O presidente chinês, Xi Jinping, visitou a Rússia em março, enquanto o homólogo russo, Vladimir Putin deverá visitar a China em outubro.
Leia Também: Pelo menos 16 mortos num incêndio numa mina de carvão na China