"O Presidente da República do Kosovo, Vjosa Osmani, em linha com a Constituição do Kosovo, decidiu que esta segunda-feira, 25 de setembro de 2023, será declarado dia de luto nacional em homenagem ao agente da polícia Afrin Bunjaku, falecido no norte do país", anunciou a presidência de Kosovo numa breve declaração publicada no seu site.
A morte do polícia, assim como os ferimentos num outro agente, aconteceram durante um ataque na madrugada de domingo, no norte do Kosovo.
Segundo o primeiro-ministro kosovar, Albin Kurti, tratou-se de um ataque terrorista, em que os atacantes eram profissionais com máscaras e armas pesadas.
Três membros do grupo armado também morreram e quatro foram detidos, anunciou hoje a polícia kosovar em comunicado.
A polícia do Kosovo indicou, num comunicado publicado na rede social Facebook, que os agressores "vestiam uniformes militares" e transportavam "armas pesadas", adiantando que "nas últimas horas, a intensidade dos ataques aos agentes da polícia diminuiu".
"A situação continua tensa", admitiu, no entanto, numa referência a uma troca de declarações entre as autoridades do Kosovo e da Sérvia sobre a responsabilidade pelos incidentes, que ameaçam levar a um novo aumento das tensões na região.
O norte do Kosovo é palco de distúrbios recorrentes. A tensão aumentou em maio, quando as autoridades kosovares decidiram nomear autarcas albaneses em quatro municípios de maioria sérvia.
Mais de 30 soldados da KFOR, a força liderada pela NATO no Kosovo, ficaram feridos no final de maio em confrontos com manifestantes sérvios.
A Sérvia recusa reconhecer a independência da sua antiga província, cuja população de 1,8 milhões de habitantes, na grande maioria de origem albanesa, inclui uma comunidade sérvia de cerca de 120.000 pessoas, que vivem sobretudo no norte do Kosovo.
Depois de um conflito que fez 13.000 mortos, na maioria kosovares albaneses, as relações entre os dois antigos inimigos vão de crise em crise.
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