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Timor reitera apoio às reivindicações de Pequim sobre soberania de Taiwan

Timor-Leste reiterou este fim de semana a adesão ao princípio "Uma só China", visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território, numa declaração conjunta emitida após um encontro entre os líderes dos dois países.

Timor reitera apoio às reivindicações de Pequim sobre soberania de Taiwan
Notícias ao Minuto

15:23 - 25/09/23 por Lusa

Mundo Timor-Leste

O primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, reuniu-se, no sábado, com o presidente chinês, Xi Jinping, em Hangzhou, na costa leste da China, à margem da cerimónia de abertura dos Jogos Asiáticos, evento multidesportivo que se realiza a cada quatros anos.

A declaração conjunta, difundida pela agência noticiosa oficial Xinhua, indicou que Timor-Leste "reconhece que só existe uma China no mundo" e que o "governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China".

"Taiwan é parte inalienável do território chinês. Timor-Leste opõe-se a qualquer forma de 'independência de Taiwan' e não estabelecerá qualquer tipo de relacionamento oficial, nem conduzirá qualquer tipo de contacto oficial com Taiwan", lê-se no documento, publicado pela agência estatal chinesa.

"Timor-Leste apoia os esforços do governo chinês para concretizar a reunificação nacional", acrescentou.

A China lançou, nos últimos anos, uma campanha para isolar internacionalmente a ilha, ao tentar fazer passar para o seu lado os aliados diplomáticos de Taipé e bloquear a participação do território em organizações internacionais.

Pequim passou também a enviar quase diariamente navios e aviões de guerra para próximo de Taiwan.

O território insular mantém, atualmente, relações diplomáticas com 14 países e, embora, nos últimos anos, tenha perdido aliados, Taipé intensificou os intercâmbios oficiais com países como a Lituânia e a Eslováquia, que não reconhecem formalmente Taiwan como um país, através da abertura de agências de comércio e investimento nos respetivos territórios.

Na declaração conjunta, Timor-Leste expressou também a sua "apreciação" pelas iniciativas propostas por Xi Jinping, que visam aproximar Pequim do centro da governação das questões internacionais, incluindo a Iniciativa de Desenvolvimento Global (GDI, na sigla em inglês) ou o gigantesco projeto de infraestruturas "Faixa e Rota".

Estes planos são apresentados por Pequim como iniciativas multilaterais que visam "promover o desenvolvimento" e "aliviar a pobreza" nos países em desenvolvimento, agora denominados como "Sul Global".

Estas iniciativas, no entanto, são acompanhadas pela fundação de instituições que rivalizam com agências estabelecidas, como o Banco Mundial ou o Fundo Monetário Internacional.

O maior relacionamento entre Pequim e os países envolvidos abarca também um aumento da cooperação no ciberespaço, meios académicos, imprensa, regras de comércio ou acordos financeiros, visando elevar o papel internacional da moeda chinesa, o yuan.

A declaração conjunta indicou que "as duas nações enalteceram as conquistas da cooperação no âmbito da 'Faixa e Rota'" e que vão assinar um plano de cooperação sobre aquela iniciativa o "mais cedo possível".

A China "manifestou vontade de encorajar as suas empresas a participar ativamente no desenvolvimento de infraestruturas, incluindo estradas, pontes e portos" e "implementar projetos agrícolas" que assegurem a autossuficiência alimentar e a modernização da agricultura em Timor-Leste, frisou o documento.

As duas nações concordaram ainda em explorar a inauguração de um voo direto.

Leia Também: China e Timor-Leste assinam parceria estratégica abrangente

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