Um jornalista foi morto esta segunda-feira numa cidade no norte do México, junto à fronteira com os Estados Unidos, depois de ter sido 'apanhado' em fogo cruzado entre as autoridades e um grupo de alegados narcotraficantes locais.
O jornalista foi identificado como Jesús Gutiérrez, do site Notiface Prensa Digital De San Luis, uma página que escreve recomendações sobre negócios e histórias locais na localidade de San Luis Rio Colorado.
As autoridades locais contaram à Associated Press que Gutiérrez estava a conversar com agentes da polícia, que também eram seus vizinhos, quando o grupo foi atingido por vários tiros. Um dos agentes morreu e outros três ficaram feridos, enquanto que a morte do jornalista foi classificada como "colateral".
O órgão de comunicação lamentou a morte, escrevendo um editorial em que a direção afirmou que foi morto "o melhor jornalista".
A localidade de San Luis Rio Colorado fica do outro lado da fronteira com o estado do Arizona, nos EUA, e é um destino popular para norte-americanos que tentam comprar medicamentos mais baratos. No entanto, o crescimento desse comércio também gerou um aumento do narcotráfico.
Além disso, o México tornou-se num dos países mais perigosos para o trabalho jornalístico no mundo, com vários profissionais a serem mortos em circunstâncias violentas e tiroteios. A organização do Comité para a Proteção de Jornalistas registou pelo menos 52 mortes no ano passado, colocando o país no segundo lugar mais perigoso do mundo de 2022 para jornalistas, atrás apenas da Ucrânia.
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