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Ataques aéreos diários visam redução da indústria militar russa, diz Kyiv

A Ucrânia afirmou hoje que o principal objetivo dos ataques aéreos diários contra a Rússia é reduzir a sua indústria de defesa e a sua superioridade aérea, enquanto as tropas de Kyiv empurram o inimigo no terreno.

Ataques aéreos diários visam redução da indústria militar russa, diz Kyiv
Notícias ao Minuto

18:25 - 26/09/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Os ataques de 'drones' no território do estado agressor são dirigidos sobretudo contra as fábricas de mísseis da indústria militar russa", disse o chefe da secreta militar ucraniana.

Segundo Kirilo Budanov, os alvos prioritários são as fábricas de componentes de mísseis, que estão maioritariamente localizadas na parte europeia da Rússia e, portanto, ao alcance dos 'drones' e 'rockets' ucranianos.

O Ministério da Defesa russo informou hoje que sistemas de defesa antiaérea abateram na noite passada cinco 'drones' ucranianos sobre o território da região de Kursk, que faz fronteira com a província ucraniana de Sumi, alvo de ataques nos últimos dias.

O comando militar ucraniano também aposta claramente em 'drones' para enfrentar a superioridade russa em armamento pesado.

O Ministro da Transformação Digital da Ucrânia, Mikhail Fyodorov, publicou hoje no Telegram imagens captadas por um 'drone' "secreto" de produção ucraniana enquanto atacava dois tanques e um sistema de artilharia.

"O 'drone' ucraniano secreto em ação: os russos perdem armas no valor de sete milhões de dólares numa tarde. Os operadores do exército de 'drones' causaram um inferno aos ocupantes", escreveu Fyodorov na rede social, acrescentando que, só depois da guerra, algumas características do dispositivo serão tornadas públicas.

A Rússia prossegue, no entanto, os ataques massivos contra infraestruturas ucranianas, também com 'drones'.

Segundo a Força Aérea Ucraniana, na última noite foram utilizados 38 'drones' iranianos Shahed, 26 dos quais foram abatidos por sistemas de defesa aérea.

A maior destruição foi registada no porto de Izmail, no delta do Danúbio, no sul do país, onde dois motoristas ficaram feridos e vários armazéns e dezenas de veículos foram danificados.

Segundo o relatório hoje apresentado pelo porta-voz militar russo, tenente-general Igor Konashenkov, nas frentes sul e leste, onde as forças ucranianas concentram os seus esforços, as tropas russas repeliram pelo menos nove ataques.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou que as tropas russas "ampliaram consideravelmente a zona de controlo" na frente de Kupyansk, no nordeste da Ucrânia.

O ministro apresentou este balanço numa reunião com altos funcionários da sua pasta, na qual foi vista num grande ecrã a imagem do comandante da Frota Russa do Mar Negro, Victor Sokolov, que foi dado como morto pela Ucrânia num ataque perpetrado pelo Exército ucraniano na última sexta-feira no porto de Sebastopol.

As Forças de Operações Especiais Ucranianas indicaram hoje que irão rever a veracidade da informação após a divulgação de imagens de Sokolov supostamente vivo.

Enquanto isso, Moscovo minimizou a chegada à Ucrânia dos primeiros tanques norte-americanos M1 Abrams, bem como a próxima entrega de mísseis de longo alcance a Kiev.

"Nada disto afetará a essência da operação militar especial [na Ucrânia] e o seu resultado", disse Shoigu.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, falou na mesma linha, afirmando que "não há panaceia, não há armas que possam mudar a correlação de forças no campo de batalha".

Peskov admitiu que os tanques Abrams são uma "arma séria", mas lembrou as palavras que o Presidente russo, Vladimir Putin, disse sobre os carros de combate produzidos no Ocidente: "Eles ardem como o inferno".

"Estes também vão arder", disse o porta-voz.

Leia Também: Comandante russo (morto) apareceu em vídeo. Ucrânia está a "clarificar"

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