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China acusa Taiwan de usar pactos comerciais para alcançar independência

A China acusou hoje o partido no poder em Taiwan de estar a tentar alcançar a independência do território, após a líder da ilha ter pressionado pelo apoio da Austrália na adesão a um pacto comercial regional.

China acusa Taiwan de usar pactos comerciais para alcançar independência
Notícias ao Minuto

08:37 - 27/09/23 por Lusa

Mundo Taiwan

Zhu Fenglian, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado da China, afirmou ainda que os recentes exercícios militares chineses em torno de Taiwan foram realizados para combater a "arrogância das forças separatistas de Taiwan".

A China reivindica Taiwan, uma ilha a cerca de 160 quilómetros da sua costa leste, como uma província sua.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, reuniu com seis deputados australianos, na terça-feira, visando obter o apoio da Austrália para a tentativa de Taiwan de aderir ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica, um acordo de livre comércio entre onze nações.

A delegação parlamentar australiana discutiu o reforço da cooperação económica com Taiwan, particularmente no âmbito das energias renováveis e na indústria de 'chips' semicondutores.

Zhu disse que qualquer participação de Taiwan num agrupamento económico regional deve ser tratada de acordo com o princípio 'Uma Só China', que Pequim vê como uma garantia de que o Partido Comunista Chinês é o único governo legítimo de toda a China e de que Taiwan é parte do país.

"A tentativa do Partido Democrático Progressista de procurar a independência em nome da economia e do comércio não vai ter sucesso", disse a porta-voz, referindo-se ao partido político de Tsai.

Zhu sinalizou que a China não vai diminuir a sua atividade militar em torno de Taiwan.

"Enquanto as provocações à independência de Taiwan continuarem, as ações do Exército de Libertação Popular para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial não vão parar", assegurou.

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