A cerca de dois meses da Cimeira das Nações Unidas sobre Alterações Climática (COP28), entre 30 de novembro e 12 de dezembro no Dubai, os eurodeputados da Comissão de Ambiente aprovaram também a nomeação de Maros Sefcovic como responsável pela operacionalização do "Green New Deal", o acordo para a transição ecológica em toda a União Europeia (UE).
Contudo, ainda é necessário o aval do plenário, que esta semana se realiza em Estrasburgo (França), e as duas nomeações vão a votos na quinta-feira.
Hoekstra e Sefcovic só passaram no crivo dos eurodeputados à segunda. As primeiras audições foram consideradas insatisfatórias e na terça-feira houve mais uma ronda de perguntas com o intuito de esclarecer os eurodeputados daquela comissão.
Durante a audição, Wopke Hoekstra, antigo vice-primeiro-ministro e das Finanças dos Países Baixos, prometeu acabar com a subsidiação de combustíveis fósseis, mas não convenceu os eurodeputados que continuaram céticos por causa do passado de Hoekstra na petrolífera Shell e pelo trabalho de mais de uma década como consultor na McKinsey.
As dúvidas dos elementos da comissão também se prendiam com a falta de currículo em matéria de ambiente e combate às alterações climáticas de Hoekstra, de 48 anos, e proposto em agosto para substituir Frans Timmermans.
Nas últimas respostas que deu, já por escrito, o candidato comprometeu-se a avaliar a possibilidade de revelar a lista de clientes que tinha na McKinsey, contudo, dentro de "um prazo apropriado".
Assegurou que no seu rol de clientes nunca esteve uma petrolífera.
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