A última e principal missão de Joseph Daniel Schmidt, de 29 anos, que serviu no exército de janeiro de 2015 a janeiro de 2020, foi o 109º Batalhão de Inteligência Militar, destacado na base militar de Lewis-McChord, no estado de Washington, no noroeste do país, informou o departamento em comunicado.
Joseph Daniel Schmidt é suspeito de, pouco depois de deixar o exército em 2020, ter "entrado em contacto com o consulado chinês na Turquia e, posteriormente, com os serviços de segurança chineses através de um email oferecendo-lhes informações sobre a defesa nacional".
Em março de 2020, o antigo oficial norte-americano viajou para Hong Kong, onde terá prosseguido as tentativas de "fornecer aos serviços secretos chineses informações classificadas obtidas durante o seu serviço militar".
Em particular, terá oferecido um dispositivo que guardava e que permitia aceder a redes informáticas militares seguras, segundo a mesma fonte.
O antigo soldado "permaneceu na China, principalmente em Hong Kong, até apanhar um voo esta semana para São Francisco, tendo sido detido no aeroporto", declarou o ministério.
"Aqueles a quem são confiadas informações sobre a defesa nacional têm o dever de continuar a proteger essas informações além do seu serviço ao Estado e, certamente, além das nossas fronteiras", afirmou Matthew Olsen, procurador-geral adjunto para a Segurança Nacional, citado no comunicado.
O ex-militar é acusado de tentativa de entrega de informações sobre a defesa nacional e de receção de tais informações, acusações que são punidas com penas que podem ir até 10 anos de prisão e uma multa de 250.000 dólares.
Em agosto, dois membros da marinha americana que trabalhavam na Califórnia foram detidos e acusados de transmitir informações sensíveis à China.
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