Washington alerta Hezbollah para não abrir nova frente contra israelitas

Os Estados Unidos instaram o Hezbollah a não tomar a "má decisão" de abrir uma segunda frente contra Israel na fronteira com o Líbano, adiantou hoje um alto responsável da defesa norte-americana.

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© Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
09/10/2023 23:15 ‧ 09/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"Estamos profundamente preocupados que o Hezbollah tome a decisão errada e abra uma segunda frente neste conflito", que começou no sábado com os ataques do Hamas a partir da Faixa de Gaza, realçou este responsável em Washington, citado pela agência France-Presse (AFP).

O Hezbollah bombardeou hoje dois quartéis israelitas, utilizando "mísseis guiados e morteiros que atingiram diretamente" os seus alvos, em resposta à morte de três dos seus membros em ataques israelitas, numa zona de fronteira no sul do Líbano, por onde os combatentes da Jihad islâmica se infiltraram em Israel.

A Jihad Islâmica Palestiniana, que afirma apoiar o Hamas na sua ofensiva sem precedentes lançada contra Israel no sábado, assumiu a responsabilidade pela operação de infiltração, reforçando os receios de ver a violência alastrar-se à frente israelo-libanesa.

Israel bombardeou o sul do Líbano depois de anunciar que matou "vários suspeitos armados" que se infiltraram no seu território.

Em comunicado, as brigadas Al-Quds, o braço armado da Jihad islâmica, reivindicaram "a responsabilidade pela operação fronteiriça no sul do Líbano".

O Hezbollah, aliado do Hamas e da Jihad Islâmica, negou qualquer envolvimento na operação de infiltração.

O Exército libanês especificou em comunicado que os arredores de Aita al-Chaab e Dhayra, bem como outras áreas fronteiriças, foram alvo de "bombardeamentos aéreos e de artilharia do inimigo israelita".

Por sua vez, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, assegurou que "a prioridade do governo é manter a segurança e a estabilidade no sul do Líbano e manter a calma".

Em 2006, uma guerra devastadora opôs o Hezbollah a Israel, causando mais de 1.200 mortos no lado libanês, na sua maioria civis, e 160 no lado israelita, na sua maioria soldados.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava pelo menos 560 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza -- incluindo dezenas de menores e mulheres -- o que elevava para mais de 1.250 o total de mortes nos dois lados na sequência dos confrontos armados iniciados no sábado.

Leia Também: Jogador israelita amputado após ataque terrorista do grupo Hamas

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