"O meu compromisso com a segurança de Israel e com a segurança do povo judeu é inabalável. Os Estados Unidos apoiam isso e vamos trabalhar nisso hoje e no futuro", frisou Biden num evento público sobre finanças familiares, que começou com algumas palavras sobre o conflito.
O chefe de Estado norte-americano salientou que "não há justificação para o terrorismo" e que este tipo de violência terrorista "que é mostrada como se fosse um GIF é fora do comum".
"Este ataque trouxe à tona as memórias dolorosas e as cicatrizes deixadas por um milénio de antissemitismo e genocídio contra o povo judeu", destacou ainda Biden aos jornalistas.
O governante indicou que, juntamente com a vice-presidente, Kamala Harris, conversou hoje por telefone com o primeiro-ministro micaelense, Benjamin Netanyahu, naquela que foi pelo menos a quarta ligação entre Biden e Netanyahu desde o ataque de sábado, sendo que tem ainda previsto hoje participar numa mesa redonda com líderes da comunidade judaica.
Um porta-voz da Casa Branca adiantou hoje que Washington está a "trabalhar ativamente" com Israel e o Egito para permitir que os civis deixem Gaza.
"Os civis não são responsáveis pelo que o Hamas fez", frisou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, acrescentando que não estava em posição de fazer um anúncio preciso ou determinar "uma estrada ou corredor específico".
Os EUA já estão a enviar para Israel munições e os componentes de que o Estado judeu necessita para o sistema de defesa aérea Iron Dome, que Israel utilizou atualmente contra mísseis lançados a partir da Faixa de Gaza.
Além disso, os Estados Unidos reforçaram a sua presença militar na região, através da implantação de aviões de combate, incluindo os sofisticados F-35 e F-15, e do envio de um grupo de porta-aviões e contratorpedeiros para o Mediterrâneo Oriental, incluindo o navio USS Normandy.
O Departamento de Estado norte-americano revelou hoje que o número de cidadãos dos EUA confirmados como mortos na guerra Israel-Hamas aumentou para 22, face aos 14 que foram confirmados como mortos na terça-feira.
Cerca de 150 norte-americanos estarão como reféns capturados pelo Hamas, de acordo com dados divulgados por Joe Biden na terça-feira.
O Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel, lançou no sábado um ataque terrestre, marítimo e aéreo sem precedentes contra Israel, na maior escalada do conflito israelo-palestiniano em décadas.
O conflito provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 1.055 em Gaza desde sábado, segundo dados atualizados hoje pelas duas partes.
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