No sul, "o inimigo tentou retomar as posições perto de Robotyne, sem sucesso", anunciou Andrei Kovaliov, porta-voz do exército ucraniano, citado pela agência francesa AFP.
No leste do país, as tropas de Moscovo também continuaram a atacar Avdyivka, uma cidade industrial que tentam cercar há várias semanas, acrescentou.
O exército ucraniano iniciou em junho uma contraofensiva no leste e no sul, sem conseguir romper as linhas russas.
Nas últimas semanas, foram os russos que voltaram ao ataque, liderando assaltos em várias zonas.
Não se registam desenvolvimentos significativos na frente desde há cerca de um ano, quando o exército ucraniano recapturou a cidade de Kherson, segundo a AFP.
A ausência de desenvolvimentos é tal que o comandante-chefe do exército ucraniano, Valery Zaloujny, afirmou recentemente que a guerra tinha "chegado a um impasse".
As declarações invulgarmente francas de Zaloujny, foram rejeitadas pelo Kremlin (presidência russa) e pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Resumindo os combates da semana passada, Kovaliov mencionou apenas uma área onde as forças ucranianas estavam na ofensiva: Bakhmut (leste), uma cidade cujo nome evoca a batalha mais sangrenta da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Mesmo nessa zona, as forças ucranianas também repeliram "60 tentativas" dos russos de recuperar terreno em torno de Andriivka e Klichtchiivka, acrescentou.
A guerra foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
A Ucrânia tem sido apoiada em armamento por aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
As duas partes reivindicam ter causado baixas significativas em 20 meses de combates, mas as informações carecem de verificação independente.
No âmbito da invasão, a Rússia anexou as regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia em setembro do ano passado, depois de ter feito o mesmo à Crimeia em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões ucranianas que Moscovo disse ter integrado no território da Federação Russa.
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