A visita é feita um mês depois de ter começado, em 07 de outubro, uma guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
O gabinete de Türk, a viagem tem como contexto os ataques recentes mas também os "56 anos de ocupação dos territórios palestinianos".
O alto-comissário da ONU começará pelo Egito, de onde partirá para a Jordânia e, segundo o seu gabinete, "solicitou acesso" a Israel, Cisjordânia e Gaza.
"Passou-se um mês de massacre, de sofrimento incessante, de derramamento de sangue, de destruição, de indignação e de desespero", afirmou Volker Türk, sublinhando que "as violações dos direitos humanos estão na raiz da escalada [do conflito] e os direitos humanos desempenham um papel central na procura de uma solução para este vórtice de dor".
Durante a viagem, Türk irá reunir-se com responsáveis, membros da sociedade civil, vítimas e trabalhadores da ONU para abordar a situação na região, tendo marcado um encontro para quinta-feira com o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Samé Shukri, e com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit.
Depois disso, viajará na quarta-feira para Rafah, na fronteira com Gaza, e seguirá na quinta-feira para a capital da Jordânia, Amã, onde estará também durante o dia de sexta-feira.
Em Amã irá, segundo o seu gabinete, reunir-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, com representantes da sociedade civil palestiniana e israelita e com a equipa da ONU para os Territórios Palestinianos Ocupados.
A guerra, que cumpre hoje o 32º. dia, começou em 07 de outubro, com um ataque de surpresa realizado pelo Hamas contra o território israelita, que provocou cerca de 1.400 mortos, mais de 5.400 feridos e durante o qual foram feitos mais de 240 reféns.
O ataque levou Israel a declarar guerra e a retaliar com bombardeamentos em Gaza desde então, provocando, de acordo com o Hamas, mais de 10.000 mortos, incluindo mais de 4.100 crianças.
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