Segundo informação divulgada na sua página oficial, as agências das Nações Unidas estão a ajudar com a deteção e o tratamento dos casos, enquanto a vigilância continua nas áreas mais afetadas e de maior risco.
O secretariado do Grupo de Coordenação Internacional para o Fornecimento de Vacinas, cujas agências integrantes incluem a OMS e a UNICEF, aprovou o pedido do Ministério Federal da Saúde do Sudão de mais de 2,9 milhões de doses de vacinas orais contra a cólera, que serão utilizadas em campanhas de vacinação em nove localidades dos Estados de Gedaref, Al Jazirah e Cartum.
De acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (na sigla inglesa, OCHA), são esperadas mais vacinas no dia 20, sendo que na semana passada foram entregues já 33 toneladas de suprimentos, e as campanhas de vacinação deverão começar no fim do mês.
Num relatório publicado hoje, o OCHA revela que foram registados, desde 9 de novembro, pelo menos 2.525 casos de cólera com 78 mortes associadas, em 27 localidades diferentes.
O crescimento do surto tem sido associado com o conflito que eclodiu em meados de abril entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido, grupo paramilitar rival, sendo que Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, disse, esta segunda-feira, na rede social X(antigo Twitter) que o conflito está a "sobrecarregar o sistema de saúde [sudanês] até ao limite".
Ghebreyesus disse que, apesar da OMS estar a coordenar ativamente a criação de clínicas móveis, a vigilância e a distribuição de medicamentos e suprimentos essenciais, os esforços são prejudicados pela "situação de segurança desafiadora, bem como obstáculos burocráticos e administrativos que impedem o acesso" da população afetada.
O responsável máximo da OMS apelou ainda à comunidade internacional que concentre as suas atenções no Sudão e nas necessidades urgentes que o país enfrenta.
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