Japão anuncia dialógo com a China sobre proibição de marisco japonês

A China aceitou dialogar com peritos sobre a proibição de marisco japonês imposta por Pequim, na sequência da decisão de despejar água tratada da central nuclear de Fukushima no oceano Pacífico, disse o primeiro-ministro nipónico.

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Lusa
18/11/2023 06:35 ‧ 18/11/2023 por Lusa

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Japão

Os dois líderes concordaram em "encontrar uma solução através da consulta e do diálogo, com base numa atitude construtiva", salientou Fumio Kishida, em conferência de imprensa na sexta-feira.

"Nos próximos dias, as discussões terão lugar numa base científica a nível de peritos", mas não é possível, "nesta fase, prever quando serão levantadas as restrições à importação", sublinhou o dirigente japonês.

"No entanto, vamos exercer pressão sobre o governo chinês e tomar medidas para apoiar os pescadores japoneses", insistiu o governante, pedindo à China um "julgamento objetivo" sobre a segurança do marisco japonês, uma das principais indústrias do país.

Na quinta-feira, o chefe do Governo japonês encontrou-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, pela primeira vez no espaço de um ano, à margem de uma cimeira Ásia-Pacífico em São Francisco.

Fumio Kishida afirmou ter exigido a Pequim o levantamento imediato das proibições sobre as importações de marisco japonês, decretadas em agosto, depois de o Japão ter começado a descarregar águas residuais tratadas da central nuclear de Fukushima, destruída no sismo e tsunami de 2011.

A China, que tem relações historicamente tensas com o Japão, acusou Tóquio de tratar o mar como "um esgoto".

O Japão afirma que as descargas são inofensivas, apoiado nesta posição pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), organismo de vigilância da ONU.

Xi Jinping encontrou-se com vários líderes em São Francisco, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Leia Também: Japão manifesta "sérias preocupações" com ações militares chinesas

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