Japão anuncia dialógo com a China sobre proibição de marisco japonês
A China aceitou dialogar com peritos sobre a proibição de marisco japonês imposta por Pequim, na sequência da decisão de despejar água tratada da central nuclear de Fukushima no oceano Pacífico, disse o primeiro-ministro nipónico.
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Mundo Japão
Os dois líderes concordaram em "encontrar uma solução através da consulta e do diálogo, com base numa atitude construtiva", salientou Fumio Kishida, em conferência de imprensa na sexta-feira.
"Nos próximos dias, as discussões terão lugar numa base científica a nível de peritos", mas não é possível, "nesta fase, prever quando serão levantadas as restrições à importação", sublinhou o dirigente japonês.
"No entanto, vamos exercer pressão sobre o governo chinês e tomar medidas para apoiar os pescadores japoneses", insistiu o governante, pedindo à China um "julgamento objetivo" sobre a segurança do marisco japonês, uma das principais indústrias do país.
Na quinta-feira, o chefe do Governo japonês encontrou-se com o Presidente chinês, Xi Jinping, pela primeira vez no espaço de um ano, à margem de uma cimeira Ásia-Pacífico em São Francisco.
Fumio Kishida afirmou ter exigido a Pequim o levantamento imediato das proibições sobre as importações de marisco japonês, decretadas em agosto, depois de o Japão ter começado a descarregar águas residuais tratadas da central nuclear de Fukushima, destruída no sismo e tsunami de 2011.
A China, que tem relações historicamente tensas com o Japão, acusou Tóquio de tratar o mar como "um esgoto".
O Japão afirma que as descargas são inofensivas, apoiado nesta posição pela Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), organismo de vigilância da ONU.
Xi Jinping encontrou-se com vários líderes em São Francisco, incluindo o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
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