"Até agora, as forças localizaram e destruíram cerca de 400 entradas de túneis", declarou o Exército israelense num comunicado divulgado na sua página da Internet, antes de sublinhar que os militares "estão a dedicar uma parte significativa do seu tempo" à realização destas operações.
Afirmou também que "o Hamas usa intermediários civis e construiu infraestruturas terroristas subterrâneas no coração de bairros civis, perto de habitações, escolas, hospitais, cemitérios e zonas agrícolas".
“As Forças de Defesa de Israel (FDI) continuam a combater na Faixa de Gaza”, frisou, horas após o anúncio de um acordo entre Israel e o Hamas para uma trégua de quatro dias em troca da libertação de 50 pessoas sequestradas pelo grupo islâmico a 07 de outubro em território israelense.
O acordo inclui também a liberação de cerca de 150 presos palestinos e a chegada de um maior número de colunas com ajuda humanitária, material médico e combustível "a todas as zonas de Gaza, sem exceção" durante a trégua humanitária.
No dia 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificados como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelense um ataque de proporções sem precedente desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeios diários, seguidos de uma ataque terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 47.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14.100 mortos, na maioria civis, e 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 200 palestinos foram mortos pelas forças israelenses ou em ataques perpetrados por colonos.
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