Milei confunde ministro com realizador e agradece a "James" Cameron

A campanha presidencial de Javier Milei, embora vitoriosa, foi marcada por várias 'gaffes', mas o novo presidente da Argentina parece mostrar alguma consistência e, num comunicado a agradecer a vários líderes mundiais pelos seus votos de congratulação, confundiu o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico com... o realizador dos filmes 'Titanic', 'Avatar' e 'Exterminador Implacável'.

Numa nota divulgada na nova conta do gabinete do presidente eleito da Argentina, a equipa de Javier Milei afirmou que o novo líder recebeu uma chamada de Joe Biden, conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e também com Dina Boluarte, presidente do Peru.

Depois, diz a nota, Milei "teve uma conversa com o ministro britânico James Cameron, que somou as suas felicitações pela vitória" nas eleições argentinas.

O problema é que o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico é David Cameron, que voltou ao governo no passado dia 13 de novembro, após ter sido primeiro-ministro do Reino Unido entre 2010 e 2016, saindo pós o referendo do Brexit.

James Cameron é, como se sabe, o realizador canadiano, galardoado com três Óscares, os três com o filme 'Titanic', a sua produção mais conhecida, de 1998.

Javier Milei habló hoy con David Cameron, ministro de Asuntos Exteriores del Reino Unido, pero la Oficina del Presidente Electo dice que habló con James Cameron.

Se viene una gran película. pic.twitter.com/mYE6yMaKio

— Sebastián Fest (@sebastianfest) November 22, 2023

O erro foi entretanto corrigido e a publicação original foi apagada, sendo substituída por uma nota com o nome correto.

A 'gaffe' com o governante britânico surge pouco depois de o Reino Unido contestar uma promessa eleitoral de Milei, que garantiu que fará os possíveis para que as Ilhas Malvinas, um território britânico que a Argentina reivindica até aos dias de hoje, voltem a fazer parte do território argentino - apesar de mais de 99% da população ter votado para continuar a fazer parte do reino de Carlos III em 2013.

Leia Também: Reino Unido avisa Milei: Malvinas são "inegavelmente" britânicas