Seis israelitas que tinham sido feitos reféns pelo grupo de milicianos Hamas no ataque de 7 de outubro morreram em cativeiro. As mortes foram conhecidas, esta sexta-feira, após a retoma dos ataques por parte de Israel na Faixa de Gaza.
A informação foi avançada pelo Hareetz e o The Times of Israel, esta sexta-feira, que deu conta ainda de que as vítimas são Aryeh Zalmanovich, de 85 anos, o mais velho das 240 pessoas raptadas pelo Hamas, Maya Goren, de 56 anos, educadora de infância, Ronen Engel, de 54 anos, cuja mulher e duas filhas foram libertadas esta semana, Guy Iluz, de 26 anos, que participou no festival de música onde várias centenas de pessoas morreram e ficaram feridas, Eliyahu (Churchill) Margalit, de 75 anos, residente do kibutz Nir Oz, que também viu a sua filha ser recentemente libertada e Ofra Keidar, residente do kibutz Be'eri.
O exército israelita confirmou a morte dos reféns, tendo já informado a família do sucedido. "Nos últimos dias, o exército e a polícia israelitas informaram as famílias" dos reféns da sua morte, afirmou o porta-voz do exército israelita, citado pela agência de notícias France Press (AFP).
Aryeh Zalmanovich
Segundo o Hareetz, Zalmanovich foi feito refém em sua casa, em Nir Oz, no sul de Israel, a 7 de outubro e não tinha havido notícias dele desde então.
Antes de ser sequestrado, conseguiu enviar uma mensagem de texto para um de seus filhos informando-o de que terroristas se tinham infiltrado no kibutz.
Zalmanovich era considerado uma figura lendária e um dos fundadores do kibutz de Nir Oz, além de especialista no cultivo do trigo nas condições áridas do deserto do Neguev. Deixa dois filhos e cinco netos.
"Aryeh foi durante toda a sua vida um homem da terra, envolvido na agricultura e na agricultura. Era um homem de livros e tinha amplo conhecimento nas áreas da história e da terra de Israel", revelou o kibutz de Nir Oz, quando anunciou a sua morte.
Maya Goren
Goren era educadora de infância em Nir Oz e estava a montar a sua própria creche no kibutz na manhã de 7 de outubro, quando ocorreu o ataque do Hamas. O seu marido, Avner, foi assassinado dentro da casa do casal.
O casal deixa quatro filhos, de 18, 21, 23 e 25 anos. Dois dos seus filhos não estavam no kibutz naquela altura, enquanto os outros dois moravam em alojamentos para adolescentes do kibutz, uma zona de Nir Oz que os terroristas não atacaram.
Ronen Engel
Engel era fotógrafo, voluntário no Magen David Adom (serviço nacional de emergência médica e desastres de Israel) e adorava motas.
O homem deixa a esposa, Karina Engel-Bart, de 51 anos, e as filhas Mika, de 18 anos, e Yuval, de 11 anos. Os três foram detidos em Gaza durante 52 dias, antes de a sua mulher e as filhas serem libertados na segunda-feira como parte de um acordo de cessar-fogo temporário.
Os telefones da família, de Nir Oz, foram rastreados e localizados em Gaza e os familiares foram informados de que não havia sinais de violência na casa, que não estava queimada e que o cão estava vivo, após terem sido levados.
Guy Iluz
Guy Iluz participou no festival de música onde várias centenas de pessoas morreram ou ficaram feridas no ataque do movimento islamita palestiniano, considerado terrorista pela Estados Unidos e União Europeia.
Iluz era técnico de som dos músicos israelitas Matti Caspi, Shalom Hanoch, entre outros, e tentou fugir do Hamas no seu jipe branco.
Os amigos que estavam no carro atrás dele conseguiram escapar, mas os militantes do Hamas atingiram o carro de Guy, matando os quatro passageiros.
Ele conseguiu sair do carro e subir a uma árvore, onde estava quando conversou pela última vez com sua família.
Eliyahu (Churchill) Margalit
O porta-voz da Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmou, citado pelo Haaretz, a morte de Eliyahu (Churchill) Margalit, de 75 anos, residente do kibutz Nir Oz.
A filha de Margalit, Nili, de 41 anos, foi libertada do cativeiro do Hamas na quinta-feira.
Ofra Keidar
Foi a comunidade fronteiriça de Gaza do kibutz Be'eri que anunciou a morte de Ofra Keidar, de 70 anos.
Keidar, mãe de três filhos e avó, fez a sua caminhada matinal no dia 7 de outubro e nunca mais voltou para casa. Num telefonema para a família, conseguiu dizer-lhes que os grupo de militantes estavam a atirar contra ela.
O marido, Sami, que sofria da doença de Parkinson, foi assassinado na sala de estar. A filha do casal, Yael, sobreviveu trancando-se num abrigo.
Pode ver na galeria acima as imagens dos reféns que perderam a vida.
[Notícia atualizada às 21h16]
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