Ex-PM israelita defende "desradicalização" da Autoridade Palestiniana
O antigo primeiro-ministro israelita e líder do partido de oposição Yesh Atid, Yair Lapid, continua a defender que a Autoridade Palestiniana faça parte do futuro Governo da Faixa de Gaza, mas sublinhou que deve primeiro "desradicalizar".
© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images
Mundo Israel
"A Autoridade Palestiniana deve fazer parte da gestão civil de Gaza", disse o líder da oposição israelita, que sublinhou que, antes disso, a organização presidida por Mahmoud Abbas deve "passar por um processo de desradicalização".
As declarações de Lapid surgem um dia depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter prometido que impediria qualquer tipo de influência da Autoridade Palestiniana sobre o enclave, após o fim da operação militar iniciada em 07 de outubro.
No domingo, Netanyahu sugeriu que talvez o movimento palestiniano esteja "dividido em dois", aludindo às divergências entre a Autoridade Palestiniana, presente na Cisjordânia, e o grupo islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
"Infelizmente, a rejeição da existência de Israel é um elemento comum entre ambas as fações, por isso não vou cometer o erro de colocar a Autoridade Palestiniana no comando de Gaza, porque teríamos o mesmo resultado", defendeu o primeiro-ministro israelita.
A guerra em curso no Médio Oriente começou em 07 de outubro, após um ataque do braço armado do Hamas, que incluiu o lançamento de milhares de 'rockets' para Israel e a infiltração de cerca de 3.000 combatentes que mataram mais de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestraram outras 240 em aldeias israelitas próximas da Faixa de Gaza.
Em retaliação, as Forças de Defesa de Israel dirigiram uma implacável ofensiva por ar, terra e mar àquele enclave palestiniano, que enfrenta uma grave crise humanitária perante o colapso de hospitais e a ausência de abrigos, água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
As autoridades da Faixa de Gaza, controladas pelo movimento islamita palestiniano Hamas desde 2007, aumentaram hoje o número de mortos na ofensiva israelita para quase 15.900, enquanto mais de 250 palestinianos morreram às mãos das forças de Telavive ou em ataques levados a cabo por colonos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde 07 de outubro.
As partes cessaram as hostilidades durante uma semana no âmbito de uma trégua mediada por Qatar, Egito e Estados Unidos, mas os confrontos regressaram na sexta-feira após falta de entendimento para prorrogar o acordo.
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