Filho de Joe Biden recusa depor em audiência privada
O filho do presidente dos Estados Unidos, Hunter Biden, recusou hoje a intimação dos republicanos para depor à porta fechada no Congresso sobre os seus negócios, exigindo dar o seu testemunho em audiência pública, noticia a agência AP.
© Reuters
Mundo EUA
Em conferência de imprensa, Hunter Biden criticou a intimação emitida pelo Partido Republicano para depor à porta fechada, argumentando que as informações desse depoimento poderiam ser seletivamente divulgadas e manipuladas.
"Os republicanos não querem um processo aberto no qual os americanos possam ver as suas táticas, as suas investigações infundadas ou ouvir o que tenho a dizer", afirmou Hunter Biden.
O deputado republicano James Comer , do Kentucky, presidente do Comité de Supervisão e Prestação de Contas disse que os republicanos esperam "cooperação total" com o depoimento privado.
Hunter Biden foi acusado de ter cometido nove crimes fiscais.
O filho de Joe Biden, de 53 anos, já é acusado de três crimes relacionados com a compra e posse de armas - ilegal quando se consome drogas -, que adquiriu em 2018.
A Câmara dos Representantes dos EUA, controlada pelos republicanos, está também a investigar Hunter Biden no âmbito das investigações sobre o pai, Joe Biden, por alegadas irregularidades, incluindo tráfico de influências para beneficiar membros da família em negócios.
Em outubro, Hunter Biden declarou-se inocente num tribunal do Delaware das acusações de ter comprado uma arma em 2018, mentindo sobre o facto de não consumir drogas, apesar de mais tarde ter admitido que lutava contra o vício do 'crack'.
As acusações contra o filho do líder democrata são o resultado de uma investigação aberta em 2018, durante a administração de Donald Trump (2017-2021), e que o próprio ex-Presidente, agora candidato à nomeação presidencial republicana, usou para atacar Biden, o qual poderia enfrentar nas eleições de 2024.
A investigação, que já dura cinco anos, levou este ano a um acordo entre a defesa de Hunter Biden e a equipa de acusação liderada pelo procurador nomeado por Trump, David Weiss, o que poderia ter colocado um ponto final no caso.
No entanto, esse pacto fracassou e agora Hunter Biden enfrenta um julgamento que provavelmente terá lugar em plena campanha para as eleições marcadas para novembro de 2024.
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