Michel, em declarações no final dos trabalhos da cimeira europeia de dois dias, em Bruxelas, salientou ter havido "uma grande unidade" em torno da garantia da segurança de Israel, que "tem direito a existir e a se defender, em linha com direito internacional", e na mobilização total da ajuda humanitária à população da Faixa de Gaza, nomeadamente navios-hospitais e a abertura do corredor marítimo proposto por Chipre.
Os líderes da UE concordaram ainda na solução de dois Estados -- Israel e Palestina -- questão sobre a qual vão "trabalhar nas próximas semanas".
A UE enviou já 28 voos com ajuda humanitária para Gaza, estando previstos mais cinco até final do ano.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em Israel, que matou 1.200 pessoas, em 07 de outubro.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que provocou um elevado nível de destruição de infraestruturas na Faixa de Gaza, um pequeno território com 2,3 milhões de habitantes.
A ofensiva israelita matou mais de 18 mil pessoas na Faixa de Gaza, segundo os números divulgados pelo Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007 e é considerado um grupo terrorista por Israel e pela UE.
O Conselho Europeu de quinta-feira e hoje, em Bruxelas, ficou marcado pela decisão unânime, depois de a Hungria ter saído da sala, de abrir as negociações formais de adesão com a Ucrânia e a Moldova, tendo sido ainda concedido o estatuto de país candidato à Geórgia.
Os líderes não conseguiram, por outro lado, chegar a um acordo sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual da UE, que inclui um pacote de ajuda de 50 mil milhões de euros a Ucrânia para quatro anos.
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