Numa mensagem publicada na rede social X, o português reiterou a "total solidariedade" para com o povo e o Governo da República Checa, e desejou uma "recuperação total e rápida" aos 25 feridos, dez dos quais ficaram em estado grave.
O atirador, um jovem de 24 anos, foi encontrado morto no local pela polícia, no tiroteio mais grave desde que a República Checa se tornou um Estado independente, em 1993, mas que as autoridades checas descartaram como "terrorismo internacional".
O ato de violência, ocorrido no centro histórico da capital checa, na Faculdade de Letras, localizada perto de importantes locais turísticos, como a Ponte Carlos, do século XIV, provocou uma intervenção em massa de polícias fortemente armados.
Em declarações aos jornalistas, o chefe da polícia, Martin Vondrasek, adiantou que a polícia começou a procurar o jovem antes mesmo do tiroteio, depois do seu pai ter sido encontrado morto na vila de Hostoun, a oeste de Praga.
O atirador "partiu para Praga a dizer que se queria suicidar", acrescentou.
O Presidente checo, Petr Pavel, disse estar "chocado com estes acontecimentos", ao endereçar as "sinceras condolências às famílias e entes queridos das vítimas do tiroteio".
O primeiro-ministro, Petr Fiala, anunciou que o Governo decidiu declarar luto nacional no dia 23 de dezembro e encorajou os cidadãos a homenagear as vítimas com um minuto de silêncio.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca garantiu que "o Presidente [Biden] e a primeira-dama estão a rezar pelas famílias que perderam entes queridos e por todos aqueles que foram afetados por este ato de violência sem sentido".
A chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, enviou uma mensagem de compaixão a Praga: "Expresso as minhas mais profundas condolências às famílias das vítimas e ao povo checo como um todo. Estamos convosco e lamentamos convosco".
O Presidente francês, Emmanuel Macron, também expressou a solidariedade com o povo checo, tal como fizeram muitos outros líderes europeus, incluindo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Também o Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou condolências ao homólogo checo, pelo "hediondo ataque".
Já o primeiro-ministro português, António Costa, mostrou-se "profundamente chocado" e endereçou "sentidas condolências às famílias das vítimas e toda a solidariedade para com o povo e o Governo checos", enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, apresentou as condolências pelo "trágico e insensato ato de violência".
Embora a violência armada em massa seja incomum na República Checa, o país registou alguns casos nos últimos anos.
Em 2015, um assassino de 63 anos matou a tiros sete homens e uma mulher antes de cometer suicídio num restaurante na cidade de Uhersky Brod, no sudeste do país.
Em 2019, um homem matou seis pessoas na sala de espera de um hospital na cidade oriental de Ostrava, tendo uma mulher morrido dias depois. O agressor também se suicidou, cerca de três horas após o ataque.
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