Milhares de pessoas juntaram-se numa manifestação de 24 horas em Telavive, Israel, que marca 100 dias desde o ataque do Hamas a 7 de outubro – e para dezenas de famílias, 100 dias desde que os seus entes queridos foram feitos reféns.
As palavras "tragam-nos para casa agora" ecoaram pela 'Praça dos Reféns', enquanto os manifestantes apelavam ao governo israelita e à comunidade internacional para que fizessem mais para libertar as mais de 100 pessoas ainda mantidas reféns em Gaza, noticia a NBC News.
Recorde-se que, também no sábado, centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em 30 países, em cidades como Washington, Paris e Kuala Lumpur, para condenar a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza e exigir um cessar-fogo imediato.
Berlim, Londres, Viena, Colombo, Amã e Hyderabad (Índia) foram outras cidades onde se realizaram protestos.
Também houve mobilizações em Jacarta, na Indonésia, também em frente à embaixada norte-americana, onde ondearam bandeiras palestinianas e indonésias e foram brandidos cartazes em que se lia "Boicote a Israel" e "Cessar-Fogo Já".
Em Joanesburgo, na África do Sul, uma concentração decorreu em frente ao consulado dos Estados Unidos, e os participantes acusaram o país de cumplicidade com Israel por fornecer toneladas de equipamento militar.
De lembrar que a 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, dos quais mais de 100 permanecem em cativeiro.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.
A guerra entre Israel e o Hamas, que completa no domingo 100 dias e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 23.843 mortos e mais de 59.000 feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.
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