Marinheiros russos e ucranianos retidos há oito meses no porto de Maputo

A tripulação de uma embarcação de pesca com bandeira dos camarões, incluíndo russos, ucranianos e lituanos, está retida há oito meses no porto de Maputo devido a uma disputa judicial, com a Rússia a tentar a sua libertação.

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Lusa
21/01/2024 09:28 ‧ 21/01/2024 por Lusa

Mundo

Moçambique

Uma nota do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, divulgada hoje pela agência estatal RIA Novosti, refere que há cinco pessoas do navio de pesca "Volopas", já sem combustível ou eletricidade, que duas delas, incluindo o capitão, são russas, e relatando ainda que a tripulação apenas tem comida uma vez por dia.

Acrescenta que a tripulação russa transmitiu ao Governo o desejo de regressarem ao seu país e que a Embaixada da Rússia em Moçambique "recorreu imediatamente às autoridades locais para obter assistência".

"Foram enviadas notas relevantes ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, foi estabelecido contacto com representantes do Ministério do Interior, do Serviço Nacional de Migrações, da Autoridade Portuária de Maputo", acrescentou a diplomacia russa, dando conta que a tripulação está "refém de uma disputa financeira e patrimonial entre a empresa proprietária do navio e o agente local".

Com o navio retido em Maputo -- cujo teor concreto da disputa não foi revelado - as autoridades portuárias insistem na necessidade da presença de um número mínimo de tripulantes para manter a embarcação à tona. Segundo o Governo russo, com a ajuda dos diplomatas em Maputo, o navio retomou o fornecimento de água técnica e um fogão a gás foi entregue a bordo.

"Os diplomatas russos estão constantemente monitorando a situação a bordo, os marinheiros recebem o apoio necessário. Prosseguem intensas consultas com as autoridades competentes de Moçambique para resolver a situação atual", acrescentou o mesmo ministério.

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