O Hamas anunciou que não há hipótese de os reféns israelitas serem libertados, depois de o primeiro-ministro israelita se ter negado a aceitar as condições do grupo para que isso acontecesse.
"Em troca pela libertação dos reféns, o Hamas exige o fim da guerra, a retirada das nossas forças de Gaza, a libertação de todos os assassinos e violadores", anunciou Benjamin Netanyahu num vídeo, este domingo.
"Rejeito categoricamente as condições de rendição dos monstros do Hamas", afirmou Netanyahu, numa aparente resposta a informações sobre uma nova proposta de acordo mediada pelo Egito e Qatar.
Na sequência da sua posição, Sami Abu Zuhri, um oficial sénior do Hamas, disse que a recusa "significa que não existe hipótese de os reféns israelitas regressarem" a casa.
Benjamin Netanyahu está sob pressão intensa para conseguir a libertação dos reféns que foram levados para a Faixa de Gaza no passado dia 7 de outubro, durante um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita.
Cerca de 250 pessoas foram feitas reféns durante o ataque, mas perto de 100 foram libertadas no final de novembro, no âmbito de uma trégua no conflito que decorre desde então em Gaza, onde Israel prometeu aniquilar o Hamas.
Segundo um balanço da AFP com base em dados israelitas, estarão 132 reféns em Gaza, mas 28 já terão morrido sem que os corpos tenham sido restituídos.
"Se aceitarmos isto, os nossos guerreiros caíram em vão e não poderemos garantir a segurança dos nossos cidadãos", disse o primeiro-ministro israelita.
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