A agressão de três mulheres num restaurante, cujas imagens registadas pelas câmaras de vigilância se tornaram virais nas redes sociais, provocou indignação generalizada no país asiático.
Ma Aijun, que dirigia então a esquadra da polícia de Lubei, do Gabinete de Segurança Pública de Tangshan, na província de Hebei, foi condenado a 12 anos de prisão e multado em 700.000 yuan (97.000 euros), informou um tribunal de Tangshan.
Ma foi condenado e punido por violar a lei para obter benefícios pessoais e subornos.
Até à manhã de hoje na China, a notícia foi lida por mais de 130 milhões de vezes na rede social Weibo, com a maioria dos leitores a concluir que foi finalmente feita justiça.
"Este é um seguimento razoável do incidente", disse um internauta.
Muitas pessoas criticaram a lentidão da reação inicial da polícia local às agressões.
"Não consigo imaginar que, se o vídeo não se tivesse tornado viral e não tivessem enfrentado a ira do público, durante quanto tempo a polícia teria protegido os membros deste grupo criminoso", comentou outro utilizador no Weibo.
As imagens mostram um dos homens a aproximar-se de uma mesa, onde três mulheres estão sentadas, e a colocar a mão nas costas de uma das mulheres. A mulher perguntou-lhe o que é que ele queria, antes de gritar que era um doente, e dar-lhe uma bofetada na mão.
O homem bate então no rosto da mulher, desencadeando uma discussão. A vítima inicial é arrastada pelos cabelos. Um grupo de homens que jantava do lado de fora juntou-se ao ataque, agredindo as mulheres com cadeiras e garrafas de cerveja.
Duas das mulheres foram hospitalizadas.
O Ministério Público chinês acusou Chen Jizhi, que iniciou a agressão, de ser chefe de um grupo criminoso e acusou-o de 11 outros crimes que remontam a 2012, incluindo agressão, jogo ilegal e roubo.
Em 2022, foi condenado a 24 anos de prisão.
Mas as dúvidas que persistiam sobre a forma como Chen tinha saído em liberdade, depois dos seus crimes anteriores, levaram o departamento de Segurança Pública da província a ordenar à polícia de Langfang, a cerca de 150 quilómetros de Tangshan, que tomasse conta do caso.
Muitas pessoas culparam a polícia local, acusando-a de uma reação lenta, uma vez que só chegou ao local depois de os suspeitos terem fugido.
A agência de inspeção e disciplina do Partido Comunista Chinês em Hebei investigou então 15 oficiais e funcionários em Tangshan.
Em agosto de 2022, as investigações iniciais revelaram que oito funcionários, incluindo Ma, dois diretores e dois adjuntos de três esquadras da polícia abusaram do seu poder e aceitaram subornos.
Leia Também: Sobe para 11 número de mortos causado por aluimento de terras na China