"São exercícios sem precedentes e não escondem a razão pela qual são organizados", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, acrescentando que a Rússia não se sente intimidada e "conhece as infraestruturas militares da NATO", que descreveu como "uma aliança criada para o confronto".
"Isto prova mais uma vez que a Rússia estava certa quando o seu Presidente, Vladimir Putin, falou das nossas profundas preocupações em relação à nossa segurança durante este lento processo de aproximação das infraestruturas militares da NATO às nossas fronteiras", explicou Peskov.
A NATO iniciou na quarta-feira a maior simulação de guerra organizada pela Aliança Atlântica desde o fim da Guerra Fria, o exercício militar 'Steadfast Defender 2024', tendo em vista a defesa da Europa.
O 'Steadfast', que nos próximos meses mobilizará até 90 mil soldados em ambos os lados do Atlântico, deverá, entre outros objetivos militares, verificar a capacidade da Aliança para mobilizar e transportar rapidamente tropas norte-americanas para "fortalecer a defesa da Europa", de acordo com um comunicado da organização.
Estas manobras militares - que se vão prolongar por vários meses, desde o Atlântico até ao flanco oriental da NATO -- deverão assumir a forma de um cenário de conflito contra um "adversário de dimensão comparável", segundo a terminologia da Aliança, que dessa forma designa a Rússia.
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