Israel? EUA acreditam em acordo sobre tréguas e libertação de reféns

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, afirmou hoje que continua a acreditar que é "possível" chegar a um acordo sobre tréguas na guerra entre Israel e o Hamas e sobre a libertação dos reféns.

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
15/02/2024 19:23 ‧ 15/02/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Estamos muito concentrados nesta questão e acredito que é possível", disse Blinken, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, em Tirana, onde se encontra em visita oficial.

"Estamos a trabalhar intensamente com os nossos homólogos do Qatar, do Egito e de Israel para tentar chegar a um acordo", acrescentou.

O secretário de Estado norte-americano admitiu que há "questões muito, muito difíceis que têm de ser resolvidas", mas, salientou: "Estamos determinados a fazer tudo o que pudermos para avançar e ver se conseguimos chegar a um acordo".

As negociações entre mediadores internacionais para uma pausa nos combates entre Israel e o Hamas prosseguem no Cairo, num momento em que as forças israelitas preparam uma grande operação em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, onde se encontram mais de 1,4 milhões de palestinianos.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que apenas uma alteração das reivindicações do Hamas sobre uma eventual trégua em Gaza podem permitir o avanço das negociações, recusando ceder às "delirantes exigências" do movimento, considerado terrorista pelos EUA, União Europeia e Israel.

O número de prisioneiros que o Hamas pede que sejam libertados das prisões israelitas, em princípio mais de 1.000 em troca dos 134 reféns, permanece um dos principais pontos de discórdia.

No ataque contra Israel, a 07 de outubro, o movimento islamita palestiniano Hamas fez cerca de 250 reféns, tendo libertado 112 no cessar-fogo de uma semana realizado desde o início do conflito, no fim de novembro, em troca de 240 palestinianos detidos em prisões israelitas, todos mulheres e menores.

O ataque dos militantes islamitas causou também a morte a cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada em dados oficiais israelitas.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas pelo menos 29.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 68.000, também maioritariamente civis. Cerca de 8.000 corpos permanecem debaixo dos escombros, segundo as autoridades locais.

Blinken chegou hoje à Albânia, na sua primeira visita a este país dos Balcãs, saudando o que descreveu como uma "parceria extraordinária" entre Washington e Tirana.

Leia Também: Blinken acredita que ainda há "espaço para um acordo" sobre reféns

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