O Hamas deu a sua concordância ao fim da noite de quarta-feira, através de um comunicado, com declarações do seu porta-voz, Sami Abu Zukhri.
Antes, também através de comunicado, os militares israelitas anunciaram a suspensão da sua campanha de bombardeamentos da Faixa de Gaza, durante seis horas, hoje, para permitir que os habitantes do enclave palestiniano se reabasteçam.
Os militares "vão facilitar uma janela humanitária na quinta-feira, 17 de julho", anunciou o texto, em que se acrescenta que "entre as 10:00 e as 16:00 locais (08:00 e 14:00 de Lisboa), o Tsahal (as forças de defesa de Israel) vai cessar as suas atividades operacionais na Faixa de Gaza e parar os tiros".
O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Médio Oriente, Robert Serry, dissera num canal televisivo israelita que tinha solicitado aos militares uma "pausa humanitária" na sua ofensiva na Faixa de Gaza e que, se concordassem, faria o mesmo pedido ao Hamas.
A concordância de Israel ao pedido da ONU foi feita depois de as suas forças navais terem matado quatro crianças palestinianas numa praia.
Os ataques israelitas são justificados com a intenção de terminar com os disparos de foguetes pelo Hamas para Israel, que recomeçaram depois dos esforços de intermediação egípcios terem colapsado na terça-feira.
A campanha israelita, que entra hoje no seu décimo dia, já matou 223 palestinianos, dos quais, segundo um grupo de defesa de direitos humanos, basado em Gaza, mais de 80% são civis.
No mesmo período, os militantes palestinianos disparam mais de 1.200 foguetes para Israel, eu causaram a primeira vítima mortal israelita na terça-feira.
No início do dia de hoje, o exército israelita informou que 82 foguetes tinham atingido Israel durante quarta-feira e que mais de 30 tinham sido intercetados pelas defesas antimíssil.
