O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, destacou que a morte de Navalny é "totalmente injustificada e nunca deveria ter ocorrido", e sublinhou que o "último responsável é evidentemente aquele que o colocou injustamente na prisão por razões políticas".
Albares reuniu-se hoje em Bruxelas com a viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, juntamente com os restantes ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, e pediu que a Rússia esclareça as causas da morte o mais rapidamente possível "de forma credível".
"Manifestei o meu apoio a Yulia Navalnaya, tal como o expresso a tantos defensores da democracia e das liberdades. O Governo de Espanha está sempre, em todas as partes do mundo, ao lado daqueles que defendem a democracia, a liberdade e os direitos humanos", frisou Albares durante uma conferência de imprensa após a reunião de ministros dos 27.
Também hoje foi anunciado que o Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco convocou o embaixador russo na Suécia, devido à morte de Navalny.
"A União Europeia deve agir contra a opressão política na Rússia. Isto é ainda mais importante porque, em 16 de fevereiro, Alexei Navalny morreu enquanto detido" na Rússia, frisou o chefe da diplomacia sueca, Tobias Billström, em comunicado.
O governo sueco também tomou a iniciativa a nível europeu de examinar a possibilidade de novas sanções contra Moscovo, pode ler-se no comunicado de imprensa.
A União Europeia e os Estados Unidos já aplicaram uma bateria de sanções contra Moscovo desde o início da guerra após a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.
Para honrar a memória do opositor russo, o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, propôs que o regime europeu de sanções aos direitos humanos receba o nome de Alexei Navalny.
Espanha e Suécia seguiram o exemplo da Alemanha, que também convocou o embaixador russo em Berlim.
O Governo britânico, por sua vez, convocou diplomatas da embaixada russa na sexta-feira à noite, para informá-los de que as autoridades russas são consideradas "totalmente responsáveis" pela morte do opositor número um do Kremlin.
Alexei Navalny morreu a 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.
Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.
Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.
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