O presidente da CEC, Igor Karpenko, sublinhou a elevada participação em regiões como Brest (75,82%), Gomel (75,85%) ou Mogilev (77,03%), enquanto em Minsk se fixou nos 61,54%, segundo indicou a agência noticiosa oficial Belta.
As eleições decorreram em 5.411 assembleias de voto que estiveram abertas entre as 08h00 e as 20h00 (hora local). Também foi permitida a votação na casa dos eleitores em circunstâncias excecionais.
A CEC indicou que o processo eleitoral foi supervisionado por 45.505 observadores nacionais e 294 internacionais acreditados, provenientes da Comunidade de Estados Independentes (CEI) -- que reúne diversas ex-repúblicas soviéticas -- e da Organização de Cooperação de Xangai -- uma organização política e militar da Eurásia --, para além de peritos provenientes de países onde se incluem Itália, Alemanha, Lituânia, Polónia, França, Suécia, Suíça, Sérvia e Bulgária.
Os eleitores bielorrussos elegeram hoje os 110 membros da Câmara de Representantes (câmara baixa da Assembleia nacional) e 12.514 representantes nos Conselhos de deputados regionais.
"A votação terminou. As assembleias de voto estão encerradas, mas os nossos observadores continuam a trabalhar. Controlam o processo de contagem, e os resultados das eleições serão divulgados amanhã [segunda-feira]", indicou Vadim Grachev, vice-presidente da Federação dos Sindicatos da Bielorrússia.
Nas vésperas das eleições, a líder da oposição no exílio, Svetlana Tikhanovskaia, tinha apelado ao boicote eleitoral.
"Apelamos ao boicote desta cínica farsa, porque esta imitação de eleições nada tem que ver com democracia", indicou na passada sexta-feira em declarações à agência noticiosa Associated Press (AP).
"Os bielorrussos que vivem no interior do país odeiam este regime não o podem dizer abertamente devido à brutal repressão", assegurou.
As eleições também coincidiram com um persistente clima de repressão da dissidência. De acordo com diversas organizações não-governamentais (ONG), 1.400 presos políticos permanecem detidos, incluindo líderes de partidos da oposição e o advogado de direitos humanos Ales Bialiatski, Prémio Nobel da Paz 2022.
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