Um dos detidos há mais tempo no corredor da morte viu a sua execução, prevista para esta quarta-feira, ser adiada numa prisão de máxima segurança perto de Kuna, no estado norte-americano de Idaho.
De acordo com a Associated Press (AP), Eugene Creech, agora com 73 anos, começou a cumprir a sua pena em 1974, depois de ser considerado culpado de cinco homicídios em três estados diferentes, e suspeito de outros. Na altura, foi condenado a prisão perpétua e, anos mais tarde, em 1981, espancou até à morte o seu colega de cela, crime pelo qual foi condenado à pena de morte.
A execução estava marcada para as 10 horas locais, 17 horas em Lisboa, mas, de acordo com o diretor da prisão, citado pela AP, a equipa médica não conseguiu uma via intravenosa para dar a injeção letal – e a suspensão da sua execução foi anunciada uma hora depois, às 10h58 locais.
Segundo descreve a agência, o carrinho que levava o material para a execução foi movido em frente da janela onde a comunicação social estava, parcialmente tapando a vista para os esforços dos profissionais. Um dos membros desta equipa também teve de sair da câmara onde estava o assassino em série para ir buscar mais material.
A Associated Press conta ainda que, a determinado momento, ele pareceu dizer “amo-te” para alguém que estava na sala.
Após o anúncio de que a execução não iria avançar, o diretor da prisão aproximou-se de Creech e falou ao seu ouvido durante alguns minutos, antes e lhe apertar o braço.
Os advogados do homem deram entrada com um pedido de suspensão da pena. “Dada a tentativa de execução mal sucedida desta manhã, que prova a incapacidade do IDOC [prisão] de levar a cabo uma execução humana e constitucional, os advogados abaixo assinados procuram preventivamente uma suspensão de emergência da execução para evitar quaisquer outras tentativas hoje”, lê-se na missiva, citada pela AP.
O mesmo centro de segurança máxima disse ainda que a sentença de morte do condenado iria expirar, e que os passos a seguir estavam a ser considerados.
Esta seria a primeira execução no estado dos últimos 12 anos. Os advogados de defesa de Creech têm vindo a tentar que a pena passe a ser perpétua, alegando que a sua audiência foi injusta e que era inconstitucional a pena de morte no seu caso, dado que a condenação tinha vindo de um juiz e não de um painel de jurados. O caso foi revisto por juízes em quatro tribunais diferentes e não encontraram incongruências com a sua pena.
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