Três passageiros que seguiam no voo da Alaska Airlines que, em janeiro, aterrou de emergência depois de uma janela sair em pleno voo estão a processar a companhia aérea em cerca de 922 milhões de euros.
De acordo com as publicações internacionais, o trio, Kyle Rinker, Amanda Strickland e Kevin Kwok pedem uma indemnização compensatória e por danos, que será decidida em julgamento.
"Como resultado direto da falha assustadora e potencialmente fatal do avião Boeing, o Sr. Kwok, o Sr. Rinker e a Sra. Strickland sofreram graves lesões mentais, emocionais e psicológicas, incluindo stress pós-traumático, e lesões físicas", refere o processo, referindo que a súbita mudança de pressão dentro da cabina "fez sangrar os ouvidos de alguns passageiros".
Os advogados consideraram ainda que este era um "incidente evitável" que não só ameaçou a vida dos passageiros e tripulantes, como também lembra que foram encontrados problemas semelhantes em aviões do mesmo género.
O processo alega ainda que o incidente é "um capítulo terrível no historial da Boeing e da Alaska Airlines a colocarem os lucros acima da segurança".
O avião em questão levantou voo de Portland, no estado norte-americano de Oregon, a 5 de janeiro e 40 minutos depois voltou a aterrar no mesmo aeroporto. A aeronave estava a 16 mil pés de altitude quando uma das janelas saltou. Entre tripulantes e passageiros, seguiam 174 pessoas a bordo. Não houve vítimas mortais.
Passageiros perderam telemóveis e outros bens e sofreram ferimentos ligeiros, mas não houve vítimas mortais. Após uma investigação, verificou-se que faltavam quatro parafusos no local da janela que saltou.
Uma inspeção mais alargada aconteceu noutras companhias aéreas com o mesmo tipo de aviões e alguns detetaram problemas semelhantes.
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