Quase 30 mil entraram em Moçambique ao abrigo da facilitação de vistos
Moçambique emitiu quase 30 mil vistos de fronteira desde a implementação da decisão de facilitar e isentar de vistos turistas de países de baixo risco, em maio, segundo dados do Governo a que a Lusa teve hoje acesso.
© Lusa
Mundo Moçambique
No relatório de balanço da execução orçamental do quarto trimestre de 2023, o Governo recorda que "foi criada uma plataforma para requisição de vistos 'online' e a isenção de vistos de turismo e negócios para uma lista de países de baixo risco", num total de 29 Estados, o que "resultou na emissão de 28.963 vistos solicitados por visitantes", até dezembro.
"A medida vem tornando Moçambique mais competitivo e facilitando o acesso de potenciais investidores ao país", lê-se ainda no documento.
O Governo moçambicano já tinha afirmado no relatório de execução orçamental do terceiro trimestre que a decisão de facilitar e isentar de vistos turistas de países de baixo risco fez aumentar o número de visitas ao país em 34% nos primeiros 90 dias de implementação da medida.
Moçambique introduziu em dezembro de 2022 o Visto Eletrónico (e-Visa) e em 01 de maio a isenção de vistos para cidadãos de 29 países, além de ter revisto também a medida de concessão de vistos de investimentos para períodos mais alargados aos cidadãos estrangeiros que detenham investimento em Moçambique, simplificando os requisitos de atribuição.
O Governo estima uma "despesa média" por cada visitante em 110 dólares e o tempo médio de visita de quatro dias, pelo que cada visitante representa 440 dólares "de novos fundos" para a economia.
"O aumento de visitantes ao país em virtude desta medida representa um crescimento do setor e um efeito multiplicador na economia moçambicana", acrescenta-se no relatório sobre a execução orçamental no terceiro trimestre.
O Governo moçambicano tinha avançado em agosto que mais de 13.000 cidadãos estrangeiros entraram em Moçambique ao abrigo da medida de isenção de vistos para alguns países introduzida em maio, a grande maioria turistas, incluindo de Portugal.
De acordo com dados avançados pela ministra da Cultura e do Turismo, Eldevina Materula, dessas isenções, com vistos concedidos na fronteira, "mais de 10.000" entraram em Moçambique "com o propósito de turismo e os restantes três mil em negócios".
"Este é um sinal claro que as medidas tomadas pelo Governo estão a surtir efeitos na dinamização do nosso setor. Com estas medidas, temos claramente um novo padrão de turistas, sendo que as nacionalidades americana, britânica, portuguesa, chinesa e alemã se destacam como as cinco principais entradas em Moçambique", afirmou a governante, em agosto.
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