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Netanyahu critica quem questiona os métodos mas apoia direito à defesa

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, censurou hoje os parceiros por apoiarem o direito de Israel a defender-se, mas protestarem quando o país toma "todas as medidas necessárias" para o fazer.

Netanyahu critica quem questiona os métodos mas apoia direito à defesa
Notícias ao Minuto

18:21 - 12/03/24 por Lusa

Mundo Israel

"Não se pode dizer que se apoia o direito de Israel a defender-se e depois opor-se a Israel quando exerce esse direito. Não se pode dizer que apoiamos o objetivo de Israel de destruir o Hamas e depois opormo-nos a Israel quando este toma as medidas necessárias para o conseguir", protestou Netanyahu, numa altura em que sobem de tom as tensões com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"Nenhuma destas pressões nos deterá", sublinhou Netanyahu numa videoconferência com o American Israel Public Affairs Committee (AIPAC), um grupo de pressão judaico com sede em Washington.

Para Netanyahu, a "esmagadora maioria do povo norte-americano" está com Israel.

"Sei que a esmagadora maioria do Congresso nos apoia", disse, também numa referência a Biden, que o questionou nas últimas semanas sobre algumas das suas decisões relativas às operações na Faixa de Gaza.

Netanyahu disse "apreciar" o apoio que tem recebido da Administração Biden, mas que "Israel vai ganhar esta guerra, aconteça o que acontecer" e isso significa atacar Rafah, junto à fronteira com o Egito, onde quase um milhão de pessoas está amontoada em condições humanitárias críticas.

Para Netanyahu, a derrota do Hamas, insistiu, "significa atacar Rafah", permitindo, contudo, a saída dos civis. Caso contrário, defendeu, o grupo islamita "reagrupar-se-á, rearmar-se-á e reconquistará Gaza".

"É uma ameaça intolerável para o nosso futuro e não a vamos aceitar. Vamos destruir o Hamas, vamos libertar os nossos reféns e vamos garantir que Gaza nunca mais seja uma ameaça para Israel", sublinhou.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada a 07 de outubro por um ataque sem precedentes do Hamas, que causou a morte de pelo menos 1.160 pessoas no sul de Israel, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada em fontes oficiais. 

Nesse dia, cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza e 130 reféns continuam detidos.

Em resposta, Israel prometeu destruir o Hamas, que considera uma organização terrorista. Os Estados Unidos e a União Europeia, em particular, também consideram o Hamas uma organização terrorista.

O Ministério da Saúde do movimento islamita palestiniano anunciou hoje que 31.184 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza desde o início do conflito.

Leia Também: Entraves à entrada de ajuda em Gaza? Israel acusa UNRWA de "mentir"

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