"Após um bárbaro ataque noturno no distrito de Petrovsky da nossa cidade por nazis ucranianos", uma casa foi atingida e incendiou se, escreveu Koulemzin na plataforma de mensagens Telegram. "Três crianças foram mortas", acrescentou.
O alegado ataque aconteceu horas antes do início da votação para as eleições presidenciais na Rússia, que decorre até domingo.
As eleições devem terminar com a recondução de Vladimir Putin para mais um mandato presidencial até 2030, face à ausência de oposição independente, controlo de informação e o espetro da manipulação.
A votação também está a ser organizada nas quatro regiões ucranianas anexadas unilateralmente pela Rússia em 2022, mas que o país apenas controla de forma parcial: Zaporijia, Kherson, Donetsk e Lugansk.
A diplomacia ucraniana, no entanto, apelou à rejeição do resultado da votação nas regiões ocupadas, que descreveu como "uma farsa".
Numa entrevista divulgada na quarta-feira, Putin acusou a Ucrânia de lançar ataques em solo russo numa tentativa de interferir nas eleições presidenciais.
Várias regiões russas, nomeadamente Belgorod e Kursk, na fronteira com a Ucrânia, têm sido alvo de múltiplos ataques de drones (aparelhos aéreos não tripulados) ucranianos nos últimos dias, tendo como alvo infraestruturas de energia.
Na terça-feira, voluntários russos que lutam pela Ucrânia também alegaram terem-se infiltrado na Rússia e assumido o controlo de uma aldeia fronteiriça na região de Kursk, uma incursão que o exército de Moscovo garantiu ter repelido.
Estes ataques podem ser explicados de uma "forma muito simples", disse Putin.
"Tudo isto está a acontecer num contexto de falhas [ucranianas] na linha da frente", concretizou.
"No entanto, o objetivo principal, não tenho dúvidas, se não conseguirem minar as eleições presidenciais na Rússia, é pelo menos tentar impedir de alguma forma os cidadãos de expressarem a sua vontade", garantiu o líder russo.
A eleição deverá manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, graças a uma alteração constitucional feita em 2020 que permite ao líder eternizar-se no poder.
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