França vai iniciar voos de repatriamento de cidadãos vulneráveis no Haiti

A França anunciou hoje que irá realizar voos de repatriamento de cidadãos franceses mais vulneráveis no Haiti, enquanto estão suspensas as ligações aéreas comerciais com a capital do país caribenho, Porto Príncipe.

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© LUCKENSON JEAN/AFPTV/AFP via Getty Images

Lusa
24/03/2024 17:34 ‧ 24/03/2024 por Lusa

Mundo

Haiti

A informação foi avançada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros francês num comunicado enviado à agência AFP.

"A embaixada francesa em Porto Príncipe continua aberta e em atividade, apesar das condições degradadas", especificaram também as autoridades francesas.

Segundo a diplomacia francesa, a embaixada está "totalmente mobilizada" para dar "apoio à comunidade francesa no local".

A situação sanitária e humanitária na capital haitiana está a piorar devido ao encerramento do aeroporto e à dificuldade de acesso ao porto marítimo, cujos arredores são controlados por bandos armados, alertou na quinta-feira passada a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 33.000 pessoas fugiram da área metropolitana de Porto Príncipe em duas semanas, à procura de abrigo face aos crescentes ataques dos gangues.

O Haiti, que atravessa uma profunda crise política e de segurança, foi atingido por uma onda de violência desde o início do mês, quando vários gangues uniram forças para atacar locais estratégicos em Porto Príncipe, afirmando que pretendiam derrubar o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry.

Altamente contestado, o primeiro-ministro não conseguiu regressar ao seu país depois de uma viagem ao Quénia no início do mês.

Henry concordou em renunciar em 11 de março e, desde então, estão em andamento negociações para formar um governo de transição no país.

Entretanto, os gangues armados estão a alargar ainda mais o seu domínio sobre a capital.

A violência dos gangues causou 8.000 mortes no Haiti no ano passado.

Leia Também: Mais de 33.000 haitianos fugiram da capital em duas semanas de violência

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