Várias pessoas foram detidas nos últimos dias e acusadas de pertencerem a uma rede internacional de tortura de macacos de cauda longa, denunciada no verão passado pela BBC, após uma investigação de cerca de um ano.
Entre os detidos está o alegado líder da rede, Michael Macartney, de 50 anos, conhecido pelo 'Rei da Tortura'. O norte-americano foi acusado na Virgínia de vários crimes violentos, por produzir e distribuir vídeos de animais a serem agredidos e mortos.
De acordo com a BBC, Michael, que é ex-membro de um gangue de motards e até já esteve preso, era o principal responsável por alimentar vários grupos de entusiastas de tortura de macacos de um pouco por todo o mundo no Telegram.
Nestes grupos, os utilizadores davam ideias para torturarem estes animais. Alguns pediam que lhes ateassem fogo, outros que os agredissem com ferramentas. Um pediu até um vídeo de um macaco vivo a ser colocado num liquidificador.
As ideias eram depois enviadas, junto com o pagamento, a grupos de indonésios que as executavam.
Segundo a BBC, Michael está agora acusado de arrecadar fundos de forma ilícita assim como de distribuir vídeos de “tortura, mutilação, abuso sexual e assassinato de animais, mais especificamente, de macacos juvenis e adultos”.
O norte-americano arrisca-se agora a passar cinco anos na prisão.
Além dele, duas mulheres britânicas foram também detidas e acusadas de vários crimes relacionados com este caso, no Reino Unido.
De acordo com o jornal Metro, Holly LeGresley, de 37 anos, natural de Kidderminster, e Adriana Orme, de 55, residente em Upton-upon Severn, faziam parte dos grupos de entusiastas que pediam e pagavam por vídeos de maus-tratos aos animais.
LeGresley auto-denominava-se até, no Telegram, por 'The Immolator', algo como, 'A incendiária', em português.
De junho até agora, várias pessoas foram já detidas relacionadas com este caso, tanto na Indonésia como nos EUA e acusados de tortura. Entre eles está um ex-oficial da Força Aérea norte-americana, David Noble, de 48 anos, que foi expulso do serviço militar.
Espera-se que haja mais detenções e acusações relacionadas com o caso, uma vez que outras 20 pessoas estão a ser investigadas por pertencerem, alegadamente, à rede criminosa.
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