O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, sugeriu, na quinta-feira, que os países ocidentais estão a tentar obrigar todos os estados membros da NATO a fornecerem ajuda militar à Ucrânia.
"Agora querem transformar a ajuda militar voluntária à Ucrânia em ajuda militar obrigatória sob os auspícios da NATO", começou por afirmar, citado pela Tass, durante uma reunião com embaixadores estrangeiros sobre um potencial acordo com a Ucrânia.
Segundo Lavrov, o Ocidente está a "forçar todos os membros da NATO a subscrever o fornecimento obrigatório de fundos e armas ao regime de Kyiv através de medidas disciplinares pesadas, apenas para que possam continuar a lutar contra a Rússia".
Recorde-se que o presidente russo, Vladimir Putin, já tinha destacado anteriormente que o potencial militar e as capacidades de quase todos os principais países da NATO estão a ser "utilizados ativamente contra a Rússia".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país e os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Além disso, nos últimos dias, reacendeu-se o debate sobre a reintrodução do serviço militar obrigatório em muitos países europeus que o suspenderam nas últimas duas décadas, como Portugal. Em causa está a agressão militar russa à Ucrânia e o reconhecimento de uma dependência excessiva dos Estados Unidos.
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