O líder militar indicou estarem ainda a ser considerados os passos a dar, mas garantiu que o ataque iraniano de mísseis e 'drones' "será objeto de uma resposta", em declarações durante uma visita à base aérea de Nevatim.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tem mantido nas últimas horas reuniões com altos responsáveis para discutir uma possível resposta ao Irão.
Também hoje, o exército israelita divulgou um curto vídeo mostrando uma cratera pouco profunda que indicou ter sido causada pelo impacto de um projétil iraniano quando caiu sobre a base aérea de Nevatim.
O porta-voz do exército, Daniel Hagari, afirmou: "Faremos tudo o que for necessário para proteger o Estado de Israel, e faremos isso na ocasião e no momento que escolhermos".
Os líderes mundiais têm instado Israel a não retaliar depois de o Irão ter lançado na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones', mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
A operação, batizada de "Escudo de Ferro", foi conduzida em coligação com forças internacionais, afirmou o governo de Israel.
Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, ocorrida a 01 de abril, na qual morreram sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais, e seis cidadãos sírios.
A comunidade internacional ocidental condenou veementemente o ataque do Irão a Israel, apelando à máxima contenção, de forma a evitar uma escalada da violência no Médio Oriente, região já fortemente instável devido à guerra em curso há mais de seis meses entre as forças de Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, afirmou hoje que o ataque do Irão contra Israel foi "um fracasso espetacular e embaraçoso".
"Vi informações de que os iranianos planeavam falhar, que esse fracasso espetacular e embaraçoso era deliberado. Também vi o Irão dizer que deu o alerta para ajudar Israel a preparar as suas defesas e limitar qualquer dano potencial. Tudo isso é categoricamente falso", declarou Kirby.
"Este ataque falhou porque Israel, os Estados Unidos e uma coligação de outros parceiros comprometidos com a segurança de Israel o fizeram falhar", afirmou.
"Sejamos claros: dada a magnitude deste ataque, a intenção do Irão era claramente causar destruição e vítimas significativas", acrescentou.
O ataque iraniano marcou a primeira vez que o Irão lançou um ataque militar direto contra Israel, apesar de décadas de hostilidades que remontam à Revolução Islâmica de 1979.
O ataque ocorreu menos de duas semanas após um suspeito ataque israelita na Síria que matou dois generais iranianos em um edifício consular iraniano.
[Notícia atualizada às 19h29]
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