EUA. Mayorkas escapa a processo de destituição lançado pelos republicanos

O secretário de Segurança Interna norte-americano, Alejandro Mayorkas, escapou quarta-feira do processo de destituição que enfrentava lançado pelos republicanos, que o acusam de provocar uma crise na fronteira entre os EUA e o México.

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© Anna Moneymaker/Getty Images

Lusa
18/04/2024 06:36 ‧ 18/04/2024 por Lusa

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Demorou apenas algumas horas para que o Senado, de maioria democrata, julgasse infundado o processo contra o membro do Governo de Joe Biden.

Em ano eleitoral, a imigração emergiu como uma das questões-chave na campanha que opõe o Presidente democrata ao ex-líder republicano Donald Trump.

Os republicanos acusam Alejandro Mayorkas de ter transformado a fronteira sul dos Estados Unidos numa peneira. Por esta razão, iniciaram um processo de 'impeachment' [destituição] contra ele.

Em meados de fevereiro, o ministro de 64 anos foi indiciado na Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso dos EUA), onde os republicanos são maioria.

Conforme exigido pela Constituição, o Senado (câmara alta), iniciou hoje o julgamento do responsável norte-americano.

O procedimento começou formalmente ao início da tarde, mas foi imediatamente cancelado, com os democratas a votarem em bloco para se oporem à destituição de Mayorkas.

A administração liderada por Biden acusa os republicanos de fazer do secretário de Segurança Interna um bode expiatório, a menos de sete meses das eleições presidenciais.

A última acusação de um ministro pelo Congresso remonta a 1876. O secretário da Guerra William Belknap, acusado de corrupção, renunciou antes do final do processo de 'impeachment'.

A Constituição prevê que o Congresso pode acusar o Presidente, um secretário ou juízes federais em casos de "traição, suborno ou outros crimes graves e contravenções".

O principal envolvido, Alejandro Mayorkas, rejeitou repetidamente as acusações dos republicanos, acusando-os de "desperdiçar tempo precioso e dinheiro dos contribuintes" com este processo.

Mesmo assim, a situação continua sendo uma dor de cabeça para Joe Biden.

Os republicanos, a maioria próximos do ex-presidente Donald Trump com a sua retórica muito anti-imigração, acusam o Presidente democrata de ter permitido que o país fosse 'invadido', dando como exemplo o número recorde de migrantes detidos na fronteira, 302 mil em dezembro.

Donald Trump refere-se regularmente a assassinatos particularmente chocantes, cometidos por pessoas que entraram ilegalmente nos Estados Unidos, para enfatizar que há uma onda de crimes devido a migrantes ilegais.

Mas nem as estatísticas policiais disponíveis nas principais cidades norte-americanas, nem os estudos realizados por especialistas mostram a realidade de tal fenómeno.

Leia Também: Congresso dos EUA prevê ajuda à Ucrânia de 61 mil milhões de dólares

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