Em (apenas) 24 horas, choveu o equivalente a dois anos no Dubai. As maiores chuvas torrenciais registadas nos últimos 75 anos nos Emirados Árabes Unidos - que ocorreram no início desta semana - tiraram a vida a pelo menos uma pessoa, danificaram infraestruturas públicas e privadas, cortaram estradas, fecharam escolas e provocaram constrangimentos no tráfego aéreo.
Segundo o Centro Nacional de Meteorologia (CNM), a cheia é "um acontecimento excecional na história climática" do país. O pico foi registado no emirado de Al Ain, onde a precipitação atingiu 254 mm em menos de 24 horas.
Agora, e após as chuvas que superaram todos os recordes desde que os Emirados começaram a recolher dados, é tempo de reparar os estragos e (tentar) regressar à normalidade.
O tráfego foi esta sexta-feira retomado progressivamente no aeroporto do Dubai, enquanto a cidade mais turística do golfo Pérsico continuava a funcionar a um ritmo mais lento.
O aeroporto, um dos mais movimentados do mundo, deverá voltar à "plena capacidade dentro de 24 horas", garantiu o diretor de operações, Majed Al Joker, à agência noticiosa oficial WAM. Já de acordo com um porta-voz do aeroporto, foram cancelados 1.244 voos e 41 foram desviados desde terça-feira.
'Em terra', trabalhadores recolhem os veículos que foram abandonados durante as chuvas torrenciais pelos seus proprietários. Em alguns locais, as viaturas estão ainda (quase) submersas e as estradas mantêm-se inundadas.
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