Polícia lança operação após ataque à faca em igreja na Austrália
A polícia australiana lançou hoje uma "grande operação" em Sydney, ligada à investigação de um ataque à faca que causou quatro feridos numa missa cristã na cidade, a 15 de abril.
© DAVID GRAY/AFP via Getty Images
Mundo Austrália
A agência de informações australiana, a Australian Security and Intelligence Organisation (ASIO), disse que a operação foi lançada por uma equipa conjunta de combate ao terrorismo que inclui a polícia federal e a do estado de Nova Gales do Sul.
A ASIO acrescentou que a operação envolve a execução de mandados de busca em vários locais da segunda maior cidade da Austrália, indicando não existir uma ameaça atual à segurança pública, de acordo com um comunicado.
"A agência de segurança da Austrália está sempre a fazer o seu trabalho para fornecer informações de segurança que permitam à polícia lidar com estes problemas quando temos ameaças imediatas à vida", disse o diretor-geral da ASIO, Mike Burgess.
O comissário da Polícia Federal Australiana confirmou que estava "uma grande operação em andamento em Sydney", ligada ao ataque à Igreja de Cristo do Bom Pastor, um templo ortodoxo assírio em Wakely, nos arredores da cidade.
"Temos que infelizmente fazer intervenções legais para evitar qualquer novo plano ou ataque contra as nossas comunidades", acrescentou Reece Kershaw.
Um jovem, de 16 anos, foi acusado na sexta-feira do ataque, que causou ferimentos ligeiros ao bispo Mar Mari Emmanuel, ao padre Isaac Royel e a dois fiéis, durante a missa, em transmissão direta através da Internet.
De acordo com a imprensa australiana, antes do ataque, o adolescente terá mencionado, em árabe, alegados insultos ao profeta Maomé.
O esfaqueamento gerou protestos violentos, que juntaram centenas de pessoas da comunidade ortodoxa assíria a exigir que o alegado agressor lhes fosse entregue.
Os protestos causaram ferimentos a dezenas de agentes da polícia, que detiveram seis pessoas, incluindo um jovem de 17 anos.
O diretor-geral da ASIO disse que o número de menores sob investigação pela agência tem vindo a aumentar por várias razões, incluindo conteúdo colocado ou partilhado nas redes sociais.
"São um grupo vulnerável", indicou Burgess.
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